Diz o blogueiro – o Ruy expressou uma constatação que eu havia feito. Em 2001 pouco antes de encerrar as atividades do meu escritório de intermediação imobiliária fiz uma rescisão de contrato de locação e a locatária, não dispondo de meios para a quitação de meus honorários (honorários sim, pois comissão cobra quem é balconista de loja). O valor era da ordem de R$ 200,00 e à época era um valor razoável. A senhora confessou- me não ter como quitar a obrigação. Senti que mais uma vez iria marchar, o que convenhamos não iria tirar o pão da mesa de minha família. Enquanto conversávamos vi uma cadela Pinscher com uma bela ninhada e dentre essa havia uma cadelinha com as pontas das patinhas bem brancas e pelagem amarelo escuro. Vendo que eu havia me encantado com a cria (sou fã de cães já faz muito tempo) essa me foi oferecida. A trouxe para casa e dei ao Christian como presente. Passaram-se vários dias e ele não nos dizia que nome havia escolhido até que cobramos. Ele relutou em nos dizer que o nome dela seria Pinga. Perguntei a ele porque esse nome e ele respondeu que ela por pequena demais lembrava um pingo d’água. A Pinga hoje já é uma solteirona idosa. Ela é tão inteligente que nas vésperas de nossas idas a Estrela para ver os netos ela, esperta que é, percebe a arrumação da mala. Normalmente dorme no quarto conosco, mas nessas ocasiões ela se enfia no carro e não aceita sair dali com medo de perder a viagem. Estou com o Ruy, pois entendo que o cão é o melhor amigo do homem e fala com os olhos sim. A Pinga vai mais além, pois quanto quer ir ao pátio ela arranha a porta levemente e quando deseja retornar ela tem um latido diferente. Ouso dizer que fala.
DRA. LAIS LEGG - PSIQUIATRA E COMUNICADORA
Prezado Ruy:
Meu gatinho (Bruno), de 17 anos e 3 meses, morreu há 15 dias. Só eu sei a dor de perder um lindinho daqueles. Ao chamar o veterinário para levar seu corpo para cremar, ele me disse: “os animais vivem menos que nós porque já vêm ao mundo sabendo amar, ao contrário dos humanos”. Eu concluo acrescentando que muitos humanos nascem, vivem e morrem sem saber amar.
Viva a Bol.
Abr,
Laís Legg