domingo, 4 de dezembro de 2011

SÓCRATES - O JOGADOR


Minha primeira experiência  traumática relacionada ao álcool foi aos 15 anos. Minha turma de escola tinha  uma festa no Club União de Santa Cruz. Minha mãe me avisara que não pegasse carona e viesse a pé para casa. Na época era comum menores de idade pegarem o carro dos pais, por incrível que isso possa parecer hoje. Na saída, um amigo estava com a pick up do pai e convidou a gurizada a dar umas bandas. Eu cheguei a saltar na caixa, lá atrás, mas logo caí fora, no momento em que o  motor roncou. Ao  amanhecer meu  pai me acordou para ir ao velório dos guris  que tinham capotado.
Como juiz ví o que o vício do álcool pode fazer com os casais, o que ele faz consumindo patrimônios e o que ele degrada o homem.
Pior, o álcool é o primeiro degrau para a maconha, que é o primeiro degrau para drogas pesadas.
É o álcool que está atrás da briga de vizinhos. É o álcool que está atrás dos acidentes de trânsito, dos crimes passionais.
É o álcool que esteve atrás da prematura morte de Sócrates.