quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A UTOPIA DO BEM VIVER EXIGE CRIATIVIDADE


Acho que agora acertei a mão dentro das várias órbitas em que vivo.
A primeira descoberta foi de que era-me impossível viver numa cidade da Grande P. Alegre e trabalhar na Capital. Perdia 4 horas preciosas por dia só me locomovendo.
A segunda, que o regresso para a cidade natal, só se ela tiver sido congelada a partir do tempo em que te afastaste dela; do contrário, ela não é mais a mesma, os amigos  mudaram, não são mais os mesmos, nem piores, nem melhores, não são mais os mesmos e a conversa fenece depois de  5 segundos. 
A terceira, que árvore enraizada e já no último quarto da vida, não é de se transplantar.
Mudar de cidade implica novas descobertas e reações. Talvez dê certo para uma fuga. Cidade visitada sazonalmente e por curtos períodos é um perigo, pois esconde sua essência, seus subterrâneos.  Daí o fracasso da maioria que se muda para Floripa ou para o Litoral, salvo se tiver motivos imperiosos. Sim, porque uma coisa é o feriadão regado a regabofes; outra, o dia a dia, com suas contraposições.
Porto Alegre tem muita semelhança com o que vi em N.York. Aqui é normal tu convidares um cara para jogar tênis às 7 da manhã, como fiz hoje com meu professor Sérgio Hanssen. Encontrei-me com ele num clube da Zona Sul, trânsito fácil e às oito estava liberado.
Concertos em horário palatável, como meio dia, 18 horas.
Restaurantes onde é possível  comer um churrasco às 4 da tarde.
E cada um cuidando de sua vida, o que é a melhor parte.
Não, a melhor parte é que não há o instituto da visita. Lugar para se encontrar é fora de casa.