RUDOLF GENRO GESSINGER
Rodrigo Otavio Soares Pacheco,
47 anos, é radicado em Minas Gerais, advogado e atual presidente do Senado.
Cabe lembrar que é condição de elegibilidade para o cargo de senador a idade
mínima de 35 anos, portanto Rodrigo Pacheco pode ser considerado jovem para seu
mister.
Autêntico gentleman, Rodrigo Pacheco lidera de maneira
serena, busca não desagradar nem o governo federal, nem a oposição, apesar de
ser assertivo em seus posicionamentos. Típico mineiro, está alcançando uma
posição central na política nacional brasileira ao comer pelas beiradas.
Pacheco
deixou bem claro: enquanto for presidente do Senado, não passará nenhum pedido
de impeachment de Ministros. Essa é uma precaução salutar para nossa
democracia, para a economia e reputação internacional do Brasil e para lembrar
as pessoas de que deve existir harmonia e independência entre os poderes do
Estado.
Outrora
não se procurava tampar as panelas como faz Pacheco. O leitor deve lembrar de
como foi pitoresca a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff
na Câmara dos Deputados. Gritarias, homenagens ridículas, acusações e longos
discursos vazios podados pelo impassível Eduardo Cunha ao perguntar “como vota
o Deputado?” foram a caricatura da bagaceirice que existe na política nacional.
Mirando
a candidatura para governador de Minas Gerais nas eleições de 2026, Pacheco
está evitando indisposições e, de quebra, aumentando capital político. A PEC
das Drogas, por exemplo, foi uma resposta cívica ao julgamento, pelo Supremo
Tribunal Federal, da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.
Pacheco
defende que os Poderes do Estado exerçam suas funções típicas: o Judiciário
julga; quem legisla é o Legislativo. Botando cada um no seu lugar de maneira
polida e ao abrigo da legalidade, o presidente do Senado se articula sem
alimentar a polarização política, a qual desidrata qualquer debate e nos atrasa
enquanto democracia.
Garanto
que Rodrigo Pacheco seria um bom vizinho: é desse perfil que nossa política
precisa. Bem cotado no quinto maior colégio eleitoral do país, Pacheco será
nome forte ao governo do estado de Minas Gerais as Eleições de 2026 e certamente
os futuros candidatos para Presidente da República se empurrarão para contar
com seu apoio político.
Acredito,
inclusive, que o futuro reserva um lugar para Rodrigo Pacheco no Palácio do
Planalto. Tem muito chão até lá, mas sinto que terei o prazer em votar num
homem que parece digno de ocupar a cadeira da Presidência da República e à
altura do desafio de unir uma nação sem ser quem grita mais alto.