Querem ver onde ela mora?
http://www.mosteirotrindade.com.br/sitio/quemsomos.php
Hoje ela me mandou uma linda carta eletrônica:
Querido Herr Gessinger,
estava
sentada em meu posto de sentinela do mosteiro, contemplando a paisagem do Vale
do Rio Pardinho que se descortina de nossa varanda. Meu olhar seguia o contorno
das montanhas contemplando a beleza da Criação.
Eis que meu amigo Gustav, o
quero-quero falante, aproximou-se de mim cautelosamente e propôs:
- Dou um doce pelos teus
pensamentos...
- Gustav, meu querido, estava
pensando na conversa que Herr Gessinger teve com uma ave marinha, na qual
concluíram que quando o ser humano quer se fazer como os deuses, ele não ama a
natureza, ao contrário, a desrespeita e
a destrói.
- Isto é grave! Muito grave! -
concluiu Gustav.
E pôs-se a caminhar pelo
gramado, meditativo, com as asas colocadas para trás.
Alguns instantes depois,
aproximou-se novamente, dando cinco passos e parando, dando mais seis passos e
parando mais uma vez. Até que quando chegou bem perto de mim disse:
- Desculpe-me, Schwester
Roberta, mas creio que Herr Gessinger e a ave marinha tem razão, pois fazer-se
como os deuses é fazer-se como os ídolos que o ser humano inventa para
satisfazer seu próprio egoísmo. Mas quando o ser humano quer fazer-se como o
Deus Pai Criador, de quem é imagem e semelhança, ele torna-se guardião da
Criação e adquire um profundo amor pela Natureza.
- Eis a questão, Gustav, eis a
questão! – respondi.
Então, Gustav despediu-se com
uma profunda reverência e voou em
direção ao vale do Rio Pardinho. E como já estava ficando escuro, começaram a
pulular pela varanda do mosteiro, inúmeros vagalumes!
Um
abraço, Herr Gessinger!