Ruy, penso da mesma forma.
Mas eu "me arremango" e laço o problema. Sou síndica de meu prédio e a funcionária da limpeza aqui chegou para trabalhar cheíssima de dívidas. Organizei sua vida, planejei as etapas de cada pagamento e ela, em alguns anos, consertou suas finanças. E ensinei-a a jamais, em tempo algum, fazer crediário. Mostrei a ela, com toda a paciência do universo, que, financiando alguma coisa, pagamos duas ou até três vezes. E o queixo dela sempre caindo... ensinei-a que, para adquirir algum bem, que o fizesse contando com seu 13o., seus abonos de férias e venda de dez dias. E ela assim tem feito. Compro os bens em meu cartão e ela me paga, religiosamente.
Festas? Presentes caros? Removi a idéia. Ensinei que festa boa se faz em casa, com uma torta, sorvetes ou picolés, sanduíches e refrigerantes, as crianças adoram. E ela viu que era a mais pura verdade. E um churrasco, com galeto, pão de alho, salsichão e costela cabe perfeitamente no bolso dela.
Resumindo, ela está feliz, sem dívidas, comprou TV, máquina de lavar, ventilador de teto, geladeira nova e outras coisas, sem se enterrar em dívidas. Mas a gente precisa ensiná-los, a TV só empurra, goela abaixo, o consumismo desenfreado. E eles acham que, se a prestação cabe no seu salário, dá para comprar.
Abraços.