Estava lendo "Mutações" e, ainda sem concluir a
leitura, pensava eu, mas será que o Ruy vai esquecer das serenatas.
Coisa bonita que eram. Primeiro aquelas românticas,
depois aquelas entre amigos, até mesmo como brincadeira para acordar amigos e
amigas na madrugada. Até depois de casado, ao voltarmos para casa tarde da
noite (ou já madrugada) em pequenos grupos (de casais e não casados)
costumávamos aqui em São Leopoldo e imediações (inclusive Porto Alegre), entre
amigos, uns surpreenderem outros que dormiam profundamente. Daí para o
prolongamento da noite até o amanhecer, bastava um violão, uns bons tragos e
até um churrasco, era para já. Mesmo os incomodados no início, em razão da
música, nas mais das vezes muito mal executadas e pior ainda cantadas, aos
poucos entravam na brincadeira que virou mais um motivo de encontro e de
amizades que existem até hoje.
Não perdi, nem me afastei de nenhum destes amigos músicos
importunos da madrugada.
Sabia-se viver. Havia limites e éramos mais tolerantes,
até porque naquela época e idade tudo facilmente virava festa.
Cumprimentos pelo texto.
Grande abraço