GUILHERME S. VILLELA
À propósito Ruy, Fernando Sabino conta que, certa
ocasião, ele e alguns amigos brasileiros ocupavam uma mesa num tradicional pub
de Londres. Muita cerveja.
Em voz alta, quase aos gritos, eles contavam
anedotas. Riam-se.
O pub estava quase vazio, exceto numa mesa
próxima, ocupada por veteranos ingleses. Silenciosos.
Então um velhinho, ocupante dessa mesa,
levantou-se e disse algo assim: - Estamos curiosos. Por que tanto entusiasmo?
Por que tanto riso? Gostaríamos de saber.
Um dos alegres turistas respondeu: estamos
contando piadas brasileiras.
O velhinho gentilmente agradeceu a informação e,
chegando a sua mesa, irônico, disse aos seus companheiros:
- It is just brazilian joke!
O silêncio tomou conta do pub.
Abraços, Villela
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DES. ELISEU TORRES
Amigos. Dias atrás,fui almoçar
c0m minha mulher e a mãe dela. Restaurante tido como sofisticado. Duas
mesas perto da minha, havia uma trinca de moças, trintonas, conversando. Uma
delas parecia louca. Dava risadas que nem nos galpões da Unistalda os peões
ousariam dar. Os menos indulgentes diriam que eram gaitadas. Sem parar, num
volume que não permitia c0nversa. Nã0 c0nsigo conviver c0m isso e, muito men0s,
atinar c0m a deseducaçao de um ser humano que se acha livre para atormentar a
vida alheia. Não que eu seja um velh0 rabugento. Apenas acho que as péssoas
deveriam se respeitar mais e entender que os outros não estão obrigados a
suportar os acessos de histeria deles. A noticia de que, em Jatiuca há
restaurante e frequentadores que respeitam os semelhantes, já me deu vontade de
estar lá. Eliseu
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JORGE LOEFFLER
Fico feliz com essa post por que demonstra que ainda háalguns nichos de civilização nesse Brasil. Em Osório, onde de vez em quando vamos almoçar, há nos dois extremos do salão televisores e nos postamos de costas aos mesmos para ver as fisionomias do idiotas que entre uma garfada e outra pregam os olhos na TV.
Esse restaurante à beira da rodovia tem acumulados muitos objetos a eles doados como maquinas de datilografar, câmeras fotográficas e de filmar. Uma infinidade de objetos que penso ali estejam para serem apreciados com os olhos, mas há muitos estúpidos que insatisfeitos vão até as prateleiras e pegam os mesmos em suas mãos.
Nesse momento não os vejo como humanos e sim como cangurus. Ainda vou me incomodar por que haverá algum momento em que minha paciência vai se esgotar e vou mandar um desses cretinos tirar as patas do objeto.