Muito bem Ruy é isso mesmo, e os piores dessa Opera, se é que
existem piores, são os “financiadores de campanha”, que em verdade são
investidores na roleta programada.
Porém, de nós sermos os culpados por eleger gente tão desqualificada, que em tese são
o espelho social, discordo, pois os que ai estão se candidatando há décadas e
por conta própria, são os mesmos e eu não os escolhi candidatos a nada.
Eis a questão!
Vivemos a ditadura dos partidos que tem seus donos, e nos
empurram em nome da democracia, só almas viciadas aos postos que deveria ser
eleitos, monges, filósofos, gentes comprometidos com as gentes, com o Estado,
pessoas desprendidas do vil metal.
Está na hora do STE impor uma regra aos partidos exercerem a
democracia direta, tipo eleições para presidente nos EUA ou seja, quem decide
quem vai concorrer é a maioria partidária e não a mesa diretora manipulando as
regras.
Uma cidade aqui da volta, convocou uma reunião para escolha de
seus candidatos à prefeitura e a câmara as próximas eleições, publicando a
convocação no jornal da cidade dia 22 de dezembro para reunião no dia 25,
no dia de Natal? Não precisar ser gênio para entender que só meia dúzia foram
decidir “democraticamente” os rumos partidários! Está aí o golpe, quanto menor o
quórum, mais fácil a manipulação.
Nisso reside a fragilidade desse sistema dito democrático, são
partidos de fachada, o Tribunal Eleitoral acredita que empenhando todo seu
talento ao controle das eleições em geral no seu último estágio, está garantindo
a qüerada.
Ledo engano, devia sim o TRE efetuar um criterioso controle nas
bases ou seja, partido credenciado, é aquele que realmente a maioria de seus
filiados, participam das decisões, do contrário é falácia, logo quem se filia a
um partido teria que ter a obrigação cívica de comparecer ás reuniões
convocadas, para garantir que os candidatos a candidato, fossem
democraticamente escolhidos por maioria filiada, assim se romperia o compadrio,
as dinastias, e a sociedade poderia ser responsabilizada pelos seus
representantes.
Antes disso acontecer, vai continuar sendo esse quadro, gente
torta nos lugares retos ou gentes erradas nos lugares certos!
Lembro-me bem, em todos que votei até hoje, ninguém me
perguntou se os queria ver candidato? Daí sempre escolhi o menos pior!
Eis a revolução (terminar com nominatas impostas,
antidemocráticas) precisamos fazer neste país, que todo cidadão tenha o direito
facultativo de votar, porém ter a obrigação cívica de indicar os
candidatos à eleição, daí sim teremos no poder o espelho da sociedade,
antes disso é injusto culpar o povo.
Da forma vigente eu, tu e a sociedade não temos culpa pelo o que
está ai, que sem a radical mudança de costume, se manterá até o fim do mundo!
Forte Abraço!
Dorotéo