Da minha janela vejo a bela Praça da Matriz coberta de lonas e barracas. É um local público, ninguém o pode ocupar com exclusividade. É de todos, e não é apropriável por ninguém.
Mas estamos numa guerra civil, vale tudo e nem nossas vidas valem alguma coisa.
Voltando.Centenas de pessoas, com colchões e mochilas tomam conta.
Estão aí por uma causa. São contra o impedimento da senhora Presidente.
Claro, isso de ocupar praças e vias é coisa ou de guerra ou de desobediência civil. Vale para quem é a favor e quem é contra o impedimento.
Fico matutando: esse pessoal do MST e de outros grupos, não tem que tratar as vaquinhas ao final da tarde? Não tem que tirar leite de madrugada? Não estamos em plena colheita da soja? Se forem empregados, não têm que cumprir o horário?
Pelo seu estado corporal bem fornido, calculo que se alimentem bem. Quem os sustenta?
Mas enfim, não tenho mais estômago para ver e ouvir tanta idiotice.
Amanhã, cinco da manhã, vou embora para Unistalda. ACHO QUE TEM ALGUÉM QUE NÃO QUER MINHA PRESENÇA POR LÁ.Não existe mais a estrada municipal que me liga a BR 287, é uma cratera só. Solução: vou por dentro dos campos mesmo, com minha caminhonete tracionada.
De lá só sairei para a inauguração das novas instalações do Hospital de Santiago, em grande parte fruto do talento de um forasteiro que chegou de outro Estado para melhorar nossa vida, Ruderson Mesquita ( e ainda tem um político da região que clama contra quem " não é daqui").