Meu capataz Luiz César é doutor em lides campeiras. Co'de loco! como se diz em unistaldês.
As vez em quando perece uma mãe ( vaca) , ou de raio, ou picada por uma cruzeira ou cascavela, ou por comer maria-mol. Resta o terneirinho triste e abandonado. Em algumas fazendas o pessoal o cria " guaxo", dando-lhe mamadeira e o alimentando sem a mãe.
Já Luiz César gosta de fazer a adoção ( o chamado enxerto).
Apara um pouco de urina da vaca adotante e passa no lombo do terneiro a ser adotado. Deixa a mãe, seu filho natural e o adotando na mangueira. Os dois terneiros logo se cheiram e fazem amizade, mas o filho natural gosta de " lograr" seu " novo irmão". Então Luiz César separa a mãe e deixa os dois terneiros juntos. Na hora de mamar, junta os três e fica falando com a mãe para ela não " enjeitar" o adotado.
Pronto, ela cheira o adotado, reluta um pouco, mas o adota.
Pode soltar para o campo. Não há a trabalheira de criar guaxo e ainda tem o lado afetivo, importante para todos nós, animais.