quarta-feira, 25 de junho de 2014

SÓ NO BRASIL QUE É FÁCIL TU PEGAR MULHER. olhem o relato dessa menina alemã

 Nos anos 85 eu fiquei um tempão na Alemanha e não arrumei nada.
Mas leiam essa matéria.  eu fora. Mas é assim mesmo. Só no Brasil rola tudo fácil.

A cultura brasileira de festas – e beijos

25 de June de 201499
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Tenho de admitir: estou mesmo chocada com a cultura de beijos e pegação no Brasil, especialmente em festas. É claro que não se pode generalizar: estou escrevendo a partir do que observei nas festas a que fui por aqui.
Minha primeira impressão: é muito fácil – até demais – ficar nas festas. Os homens andam pelas boates como animais à procura de uma presa fácil. Na noite, os brasileiros têm um jeito de chegar agressivo e direto. Há aqueles que te pegam pelo braço, ou colocam seus braços em torno de você, ou ainda vão direto beijar. E isso acontece em todas as festas, não importa em qual faixa etária.
Em comparação, os alemães são muito tímidos. Homens alemães em geral têm de juntar muita coragem só para falar com uma garota. Por isso é normal ficar bêbado nas festas para conseguir chegar em meninas – não que seja uma boa solução. O jeito mais normal de conhecer um cara ou uma garota na Alemanha é, por exemplo, um amigo em comum te apresentar alguém.
Leia a visão feminina sobre a noite de Porto Alegre tomada por estrangeiros
Leia a visão masculina sobre a noite de Porto Alegre tomada por estrangeiros
Em festas brasileiras com um grupo mais jovem do que eu, presenciei um comportamento totalmente novo: um guri começa a falar com uma guria, se apresenta ou só diz algo como “oi, tudo bem?” e, se ela continua falando e sorrindo, eles começam a ficar. Fiquei pasma com esse jeito de agir, e não entendo como as garotas aceitam participar disso tudo. É claro que tem gente que faz isso na Alemanha, mas lá isso é mal visto. Aqui, parece ser normal e não rebaixa ninguém, de forma alguma.
Em festas com um grupo mais velho, não vi tanto a situação de muitos parceiros na mesma noite, mas algo diferente. O cara e a menina que passam a noite juntos agem como se estivessem realmente a sério e apaixonados. Eles se conhecem por apenas alguns minutos e já estão agindo como um casal romântico e apaixonado. O amor brasileiro é ágil, mas não duradouro… O menino com quem você ficou pode desaparecer na noite seguinte. Por aqui há até verbos para isso: “ficar” ou “pegar”. E aqui é absolutamente normal se agarrar de uma forma que não se faria em público. Na Alemanha não é comum ficar na primeira vez em que um casal se conhece – e quando você o faz, é de um jeito mais contido. Ao contrário de lá, aqui você vê muitos beijos nas festas, na pista de dança, nos shoppings, simplesmente por toda a parte.
Para os solteiros no Brasil, é normal ter mais de um parceiro. Você não está namorando, está só “ficando”. Só de existir um verbo para diferenciar as situações já me surpreendeu. Entendi assim: quando você está ficando, age como se estivesse em um relacionamento, em algumas coisas. Parece sério em alguns momentos com aquela pessoa – e talvez no dia seguinte esteja fazendo o mesmo com outra. Na verdade, você está livre para fazer o que quiser com quem quiser.
Para mim, isso é uma grande mentira, e uma perda de tempo. Na Alemanha, também há situações parecidas com essa. Quando você não está em uma relação e não está apaixonada, em geral tem apenas um caso com alguém. A diferença é que ninguém age como um casal.
E quando você conhece alguém, e imagina que pode se transformar em um relacionamento, por um tempo também temos lá a situação do “ficando” – muita conversa para se conhecer melhor – mas em geral há exclusividade. Ou seja: não pode beijar mais outras pessoas. É claro que isso não é uma regra pétrea, mas em geral a gente para de sair com alguém se descobre que não é a única pessoa naquele momento.
Falei sobre isso com brasileiros. Perguntei para meninas como elas topam essa situação – não consigo imaginar como é gostar de um cara, passar tempo com ele, saber que ele também fica com outras meninas e achar isso ok. Elas concordaram comigo e, disseram que em geral não gostam dessa situação, mas que é algo com que têm de se acostumar. Mas talvez possa mudar um dia, não?
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