Oi, Ruy:
Como
tu, um dia, eu também não gostava de Roberto Carlos. Mas a maturidade abranda,
passei a "reescutar" coisas dele e mudei de opinião.
Ouvi uma entrevista de Erasmo Carlos, que contou que o
telefone de sua casa tocou e o homem, do outro lado da linha, dizia ser Andrea
Bocelli. Pensando ser trote, ele já ia desligar, quando o homem insistiu.
"Sou Andrea Bocelli e quero sua permissão para cantar "Sentado à
beira do caminho". Erasmo disse que chorou, copiosamente, e eu também.
Bocelli gravou "L´appuntamento"
belissimamente.
Quem
não lembra de Roberto Carlos cantando no Festival de San Remo "Canzone per
te"? E não fez feio. Em outro festival, cantou "Un gatto nel
blu", que não venceu, mas também não fez feio. E de sua timidez, no
Festival da Record, cantando "Maria, carnaval e cinzas"?
Acho
que derreti o gelo na festa do Dia das Mães, na ACM, quando minha filha tinha 7
anos de idade. Todas as crianças estavam na cancha de esportes e todas as mães
nas arquibancadas. Quando começaram a cantar "Como é grande o meu amor por
você" e cada um daqueles pitoquinhos olhava para a sua mamãe, estendendo
uma rosa vermelha, capitulei.
Por
fim, o vi cantar Bossa Nova. E o cara tem "bossa". É afinado, tem voz
intimista e cantou "Teresa da praia", com Caetano Veloso, de maneira
inesquecível.
Não adianta, o cara é a trilha sonora de 98% dos
brasileiros.
Abraços,
Laís