sexta-feira, 1 de junho de 2018

EU SÓ QUERIA ENTENDER - ARTIGO PUBLICADO NA GAZETA DO SUL

De início já impetro um habeas preventivo contra os patrulheiros e as patrulheiras de plantão, sempre zelando pelos dogmas do “ politicamente correto”. Não estou afirmando nada, não me arrastem acorrentado à Santa Inquisição.  Estou apenas perguntando, perquirindo, matutando, querendo “ einteideir” como dizem os paulistas.
A saúde de que tanto ódio contra as leis do mercado? Queria entender essa belicosidade contra quem empreende e se dedica aos negócios lícitos.E por que esses “líderes” praticamente nunca trabalham, sempre escorados em suas corporações?
No nosso país flui um viés de se considerar todo empregado hipossuficiente e o patrão um explorador de mão de obra escrava. Não que eu desconsidere que  nesses litígios há que se considerar a posição mais frágil do empregado, mas as coisas tomaram um rumo que, até bem pouco, resultava numa “ indústria” de reclamatórias. Parece que a fonte secou.
Não consigo entender essa renitente crença de que hoje os “ meninos” de 16 anos,delinquentes  armados , têm que  ser “ apreendidos” , não tendo um julgamento como na maioria dos países civilizados, em que a responsabilidade penal é muito mais rigorosa.
É o coitadismo tupiniquim?
E por que não há sanções severas contra alunos que surram professores, só incomodam nas salas de aula e  ainda têm o apoio de seus pais irresponsáveis e condescendentes?
Mudando de área.
Que espécie de contratos se celebram entre clubes de futebol e atletas? O cara tem fama, é contratado por 300 paus por mês, mas prefere  passar na balada, fica bebendo e não corresponde mais. Vai para a reserva e  depois  treinar separado. Só que seu contrato se estende por mais dois anos. Sempre ganhando os 300 mil por mês. É razoável isso? Por que não constam do contrato cláusulas de desempenho, com possibilidade de rescindir a avença no caso de  desídia total do atleta? Dirão, daí  o cara famoso não assina. Ok, mas os tribunais deveriam ter mais atenção para o mundo real e concreto.
Sou magistrado aposentado, mas essa de , ante uma falta ética séria aposentar o juiz por tempo proporcional de serviço, é de doer.  Ainda: ante demora injustificada de dar andamento ao feito, dever-se-ia, decorrido um prazo razoável, redistribuir o processo, descontando-se uma parcela nos vencimentos.Claro que tudo depende de alterações legais. Nunca  vai acontecer no Brasil do coitadismo.  Esse mesmo país que não sabe mais o que é autoridade.