Meno male !
Agora é pulso firme com os desordeiros.
Cadeia neles.
Eles têm que recuar. A maioria silenciosa espera que as autoridades cumpram seu dever.
Eu disse DEVER.
( MAIS UMA VITÓRIA DAS REDES SOCIAIS)
quarta-feira, 31 de julho de 2013
COMO IDENTIFICAR UM ALEMÃO PURO
Estava um senhor entrando em Ivoti, e defronte
ao sucos Petry, pede uma informação :
- Tu sabe onde fica Lindolfo Collor ?
O alemão responde:
- Lóxigo!!! Seque reto até o fimm testa rua, tobra a tireita, fai até um bosto de cassolina Ipirrranga do Socaltur e tobra à esquerda e segue reto, cuita prá nom entrá no Piler, taí fai, fai, tota fida... Tem uns gurva pericossa e lá empaixo tu xá xecô em Lintolfo Golor.
O cara fala:
- Muito obrigado, tu deve ser um alemão puro aqui de Ivoti, né?
O alemão responde:
- Puro é tu que não sabe nem checá em Lintolfo Golor...
( Cevi Cogo)
- Tu sabe onde fica Lindolfo Collor ?
O alemão responde:
- Lóxigo!!! Seque reto até o fimm testa rua, tobra a tireita, fai até um bosto de cassolina Ipirrranga do Socaltur e tobra à esquerda e segue reto, cuita prá nom entrá no Piler, taí fai, fai, tota fida... Tem uns gurva pericossa e lá empaixo tu xá xecô em Lintolfo Golor.
O cara fala:
- Muito obrigado, tu deve ser um alemão puro aqui de Ivoti, né?
O alemão responde:
- Puro é tu que não sabe nem checá em Lintolfo Golor...
( Cevi Cogo)
DIA DOS PAIS - O QUE MEU FILHO ARMOU PARA MIM
Armando Koerig Gessinger é meu primogênito. Engenheiro formado pela PUC RS, oficial da reserva, empresário e um mimoso de um filho. Está sempre me chamando e eu allways muito ocupado.
Será que serei precipitado ao inferno por causa disso? Somos, além de pai e filho, amigos e confidentes .
Ele é sócio-fundador da empresa Airwire. Não o ajudei com um pila, é tudo obra dele.
Olhem a homenagem dele aos pais e, por supuesto,a mim também.
Será que serei precipitado ao inferno por causa disso? Somos, além de pai e filho, amigos e confidentes .
Ele é sócio-fundador da empresa Airwire. Não o ajudei com um pila, é tudo obra dele.
Olhem a homenagem dele aos pais e, por supuesto,a mim também.
TORCIDA ÚNICA - MAILS
LISSI BENDER - UNISC
Fui
criada em família que nunca deu bola para a bola. Meus filhos igualmente não se
entusiasmam com a bola.
Eu
particularmente nunca entendi direito isso de uma carrada de marmanjos
correrem, suarem se baterem, se esfregarem atrás de uma bola.
Esporte considero ser saudável para quem o
pratica, uma forma para impedir atrofiamento do corpo, prazer para o corpo, mas
ficar sentado assistindo a uma corrida de carro ou os outros correndo atrás de
uma bola e sentir prazer nisso, ... ------------------------------------------------
DES. ELISEU TORRES
Amigo Ruy. Também acho que não
dá mais para ir ao estádio. Tinha juma cadeira perpétua e a vendi para um
amigo. O televisionamento assegura a possibilidade de ver o espetáculo melhor
do que se estivessemos no estádio. Sem stress , sem agressões, sem ter imbecis
olhando meio de revesgueio, como se estivessem prontos para entrar em combate..
Como disseste com propriedade, futebol é um jogo, não é a vida.
Entretanto, penso que esses arroubos que, por vezes, redundam em v andalismo,
agressões e sei lá mais o que, na verdade são válvulas que extravazam profundos
recalques a custa sopitados. Um dia, o cara não aguenta mais e, protegido pelo
coletivo, descarrega sua fúria.Apenas por acaso, isso tem ocorrido mais com a
torcida gremista e até aí Freud explica… Há doze anos o Gremio não ganha
nada de importância. Luxemburgo, contratado a peso de ouro, trouxe essa
esperança. Que, uma vez mais, foi frustrada.Daí a impaciência e as brigas, até
entre a própria torcida. Acho que a Brigada está certa. O desgaste que ela sofre
e que atinge a corporação, não é apenas a causa da torcida única. Há que levar
em conta os riscos que correm ambas as torcidas, num percurso longo para chegar
à Arena do Gremio. Agressões, conflitos e até mortes, poderão serem geradas
pelos confrontos, que serão muitos.
Em Buenos Aires, River e Boca
jogam com torcida única. É o preço da baderna. Um abraço do Eliseu
---------------------------------------------------
Prezados:
Fui “feita” colorada por um pai torcedor e um tio conselheiro do Inter. Minha
filha, gremista como seu pai, foi criada sem fanatismos e extremismos, e hoje está
casada com um colorado. Desde a adolescência, não comparecia ao estádio de
futebol, até que, após a morte de meu tio e conselheiro, ocorreu uma homenagem
a ele num Gre-Nal, onde compareci, junto com meus primos, filhos dele.
Somente então, já na maturidade e com pensamento de psiquiatra, pude “julgar”
adequadamente o que vi. E não gostei nada, nada. Subindo a rampa do estádio,
percebi uma horda de mal-encarados, com hálito etílico. Sentada na Tribuna de
Honra, percebi, nitidamente, a distinção de classes. O grande número de
pagantes, sentados e sujeitos à intempérie, sustentavam os altos salários dos
jogadores e a “tribuna” marmorizada onde eu me encontrava. Não gostei daquilo.
Causa espanto perceber que o esporte, criado em 1863, em Cambridge, UK, no
“King´s College”, a faculdade dos reis, chegasse a tal ponto. E também eles, os
empertigados britânicos, cujo sangue também escorre em minhas veias, perderam a
elegância, pois quem não lembra dos “hooligans”? Até a Rainha Elizabeth
condenou, publicamente, o comportamento deles naquele fatídico jogo Liverpool X
Juventus, vencido com um gol de pênalti cobrado por Michel Platini, que
desencadeou a tragédia de Heysel, deixando 38 mortos e milhares de feridos.
O resultado daquilo tudo foi que o Liverpool F.C., um dos times que mais ganhou
títulos, foi proibido de participar de competições européias por 5 anos. Tudo
devido aos “hooligans”, vândalos e desordeiros, que costumavam levar faixas,
declarando “we are not english, we are scouses”. Mas, por lá, a coisa foi
tratada com pulso muito firme e o quadro foi revertido. E por aqui?
Enfim, comparando os altos salários dos jogadores, a vida que a grande maioria
deles leva, com a situação da categoria de médicos (a minha), e a maneira como
estamos sendo tratatos por um governo desgovernado e sem rumo, começo a ter
nojo de futebol, pois é a mais perfeita tradução da inversão de valores.
Abraços,
Laís Legg
-----------------------------------------------------------
ELVIO LOUREIRO
Um dia assistindo um jogo entre o F.C. Santa Cruz e
Grêmio, no estádio dos Plátanos, presencie uma cena na área das cadeiras
numeradas, coisa fina até no interior, um casal com uma filha pequena,
assistiam o jogo, eram torcedores gremistas de Porto Alegre, que aproveitavam
uma tarde ensolarada de domingo, para também visitar a cidade. Em determinado
momento o " imortal tricolor " abre o marcador, e os visitantes não
se contem levantam-se eufóricos e acenam com uma bandeira; neste momento desceu
uns brutamontes, covardes, que arrancaram sua bandeira, quebraram e bateram
naquele casal, na frente da filha, fiquei revoltado, com vergonha de assistir
uma cena grotesca, desrespeitosa, desnecessária, por que não respeitar as
escolhas dos outros ? as diferenças ?
Vejo que nesta onda de manifestações de vândalos, de
violência generalizada, não seja aconselhado abrir o estádio para que hajam
depredações, agressões, de ordem material e física, principalmente pela
probabilidade de haver vítimas inocentes, sem contar que brigamos entre nós
mesmos.
E falo como gremista, é "melhor para nós", este
rótulo que criamos de "imortal tricolor " ou "alma castelhana
" é para justificar nosso time de cabeças de bagre ganhando jogos somente
na superação ,,,,, na raça ,,,, só assim mesmo podemos ganhar o primeiro GreNal
da Arena ,,, heheeeee !!!
Élvio.
ARTIGO DE ASTOR WARTCHOW - Zeitgeist
Zeitgeist, o espírito do tempo
As recentes e fortes
manifestações de rua que vivenciamos no Brasil têm algo em comum com as que
ocorreram mundo afora. E que continuam acontecendo, seja no Egito ou na
Turquia, nos Estados Unidos ou na Espanha, na Grécia ou em Portugal, e em
tantos outros lugares.
Se diferentes as origens e as razões
dos protestos de cada lugar, bem como o conjunto das reivindicações, isso quando
existente e explícito, o que há, então, em comum?
Em comum, as manifestações têm a
presença e o ativismo dos jovens. Que relativamente aos seus pais são
mais escolarizados e socialmente menos conservadores. Multifacetários cultural
e politicamente, são frutos da diversidade e ação das redes sociais.
Tecnologicamente equipados e
conectados, acessam toda a gama de informações, conhecimentos e oportunidades.
Contrária e negativamente, porém, não conseguem usufruir e gozar de oferta de
bens e serviços públicos, principalmente. Nos casos mais graves, é o fantasma
do desemprego e da desocupação. Então, não importa a nacionalidade, nem o
idioma, a demanda central é a mesma: mudanças!
O entrave principal parece ser e residir
nos modelos e sistemas tradicionais de representação e governabilidade, agora
em evidente conflito, contradição e confronto com as ditas e aceleradas
transformações sócio-comportamentais.
Não é a toa que o próprio conceito,
organização e hierarquia do que denominamos “democracia” está em
discussão. Entre o virtual e o real, o mote agora é o recém
denominado “quinto poder” - a internet e as redes sociais - e a conseqüente
“horizontalização” da política!
Ainda que as evidências e a indignação
coletiva indiquem que a ordem e organização sócio-política são injustas e
insustentáveis, os atuais detentores de poder formal resistem e renovam seu
ânimo de continuísmo e manipulação, motivados, principalmente, pelas
reivindicações difusas e a ausência de líderes.
Mas está enganado quem pensa que esses
movimentos são passageiros e efêmeros. Ou se adapta e promove mudanças, ou vai
“bailar”. É famosa a frase e conselho do escritor, político e
primeiro-ministro inglês Benjamim Disraeli (1804-1881): “- Majestade, o povo
está insatisfeito, e quer mudanças. Se essas mudanças não forem feitas por nós,
serão feitas sem nós, e, o que é pior, contra nós”.
Concluindo, possivelmente estejamos
vivenciando uma mudança no espírito do tempo. Fruto de reflexões de pensadores
alemães do século XVIII, a expressão Zeitgeist significa espírito de uma época,
sinais de um tempo, aquilo que retrata um ambiente intelectual e cultural de um
determinado momento histórico.
( publicado em Gazeta do Sul de hj)
TORCIDA ÚNICA: O TRIUNFO DO MAL
Senta aqui e me escuta.
Futebol é um jogo, é lúdico, é entretenimento.
A gente não morre sem futebol.
Qual a graça do futebol, de assitir a um jogo?
Sei lá, eu não vou mais a estádios desde que fomos eliminados ( o Inter) pelo Olímpia. Pessoalmente acho um saco deixar meu carro ser arranhado, enfrentar filas, sol e chuva.
Quando olho, é na TV.
No Tênis, em Roland Garros, ou mesmo aqui no Leopoldina, homens e mulheres, crianças e idosos vão assistir. Não dá nada. Só alegria.Bagaceira nem sabe o que é tênis.
Mas o que empurra o 3. mundo cada vez para baixo é o seguinte:
quando jogam Real e Barça os dois presidentes sentam-se lado a lado.
Quando jogarem Grêmio e Inter, só uma torcida pode ir.
Por que?
Porque nós somos mal educados e damos passo aos do mal.
Simples assim.
Futebol é um jogo, é lúdico, é entretenimento.
A gente não morre sem futebol.
Qual a graça do futebol, de assitir a um jogo?
Sei lá, eu não vou mais a estádios desde que fomos eliminados ( o Inter) pelo Olímpia. Pessoalmente acho um saco deixar meu carro ser arranhado, enfrentar filas, sol e chuva.
Quando olho, é na TV.
No Tênis, em Roland Garros, ou mesmo aqui no Leopoldina, homens e mulheres, crianças e idosos vão assistir. Não dá nada. Só alegria.Bagaceira nem sabe o que é tênis.
Mas o que empurra o 3. mundo cada vez para baixo é o seguinte:
quando jogam Real e Barça os dois presidentes sentam-se lado a lado.
Quando jogarem Grêmio e Inter, só uma torcida pode ir.
Por que?
Porque nós somos mal educados e damos passo aos do mal.
Simples assim.
terça-feira, 30 de julho de 2013
QUEREM FEDERALIZAR TUDO, INCLUSIVE A JUSTIÇA ELEITORAL
A coisa começou a piorar quando todo o dinheiro passou a desembocar em Brasília. Depois, os portes de arma. Só a Polícia Federal fornece e tudo é complicado.
Agora querem tirar a jurisdição eleitoral dos juizes estaduais.
Leia o que diz a Ajuris!
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Agora querem tirar a jurisdição eleitoral dos juizes estaduais.
Leia o que diz a Ajuris!
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Presidente
do TRE se compromete a lutar pela manutenção da jurisdição Eleitoral Estadual
Ao
participar da reunião do Conselho Executivo (CE) na noite desta segunda-feira
(30/7), a presidente do TRE-RS, Elaine Harzheim Macedo, afirmou aos magistrados
presentes que lutará pela manutenção da jurisdição Eleitoral Estadual. “Eu me
comprometo como presidente do TRE, porque também acredito que a Justiça
Eleitoral tem que ficar com o juiz da terra, e esse juiz é o Estadual.”
O
convite para que a desembargadora participasse da reunião foi feito pelo
presidente da AJURIS, Pio Giovani Dresch, em julho, após a divulgação de nota
pública da AJUFE a favor da federalização da Justiça Eleitoral
A
desembargadora informou que no dia 12 de agosto irá a Brasília para uma reunião
convocada pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen
Lúcia. Na oportunidade, Elaine Macedo se encontrará com os demais presidentes
de TREs e falará com eles sobre a questão. Além disso, neste segundo semestre
haverá encontro do Colégio de Presidentes, quando a presidente do TRE-RS também
pretende colocar o tema em pauta.
Pio
Dresch pontuou que essa articulação também deve ser estendida ao Congresso, já
que está em tramitação a PEC 338/2009, que cria o cargo de juiz Eleitoral e
estabelece que em períodos não eleitorais o magistrado gozará de prerrogativas
de juiz Federal
Desde
a gestão anterior a desembargadora se preocupa com propostas de federalização
da Justiça Eleitoral e agora pensa em fazer uma campanha institucional de
valorização do juiz Eleitoral Estadual. Para isso, serão utilizados recursos
provenientes de contribuição espontânea de magistrados e promotores eleitorais
destinada a despesas que não encontram aceitação em rubricas oficiais. A pedido
do TRE, e por convênio assinado na segunda-feira, a partir deste mês a AJURIS
passa a administrar a verba.
VAMOS PRESTIGIAR O LANÇAMENTO DA OBRA DO PASINI EM SANTIAGO
No dia 16 de agosto de 2013, sexta-feira, às 19h, na
Estação do Conhecimento, em Santiago, RS, lançarei o meu livro:
"77: antologia de crônicas e contos".
A sua participação, como pessoa que multiplica a nossa cultura,
seria importante e engrandeceria o evento.
Segue o convite:
DE ALEMÃO SANTA CRUZ NÃO TEM NADA? por Lissi Bender - UNISC
Às vezes sou questionada sobre a denominação “alemães” para os
imigrantes que vieram para construir vida onde hoje nossa vida medra. Há
quem afirme: “de alemão Santa Cruz não tem nada”. Essas pessoas se
baseiam no fato de que em 1849, quando começaram a vir imigrantes
do centro da Europa para a então recém-fundada Colônia Santa Cruz ainda não
existia o Estado Alemão, enquanto unidade política. Naquela época existiam
diversos pequenos reinados, principados, ducados de origem germânica, mas
independentes entre si. O que os unia era o DEUTSCH.
Deutsch é uma língua indo-européia do grupo ocidental das línguas
germânicas. O termo Deutsch procede do Althochdeutsch, diutisc
que originariamente significava “zum Volk gerhörig”, “pertencente ao povo”. Em
1080 aparece o termo „Deutsch“ no Annolied do Mosteiro Siegburg: „Deutsch
sprechen, deutsche Leute in deutschem Lande.“- „Alemão falam pessoas alemãs em
terra alemã“.
Originalmente, cada sub-grupo germânico tinha sua língua própria, como
Sächsisch, Alemanisch ou Fränkisch. No entanto, todas elas compunham formas
especiais de uma mesma língua, e essa familiaridade linguística permeava os
pequenos Estados. Já na Idade Média eram consideradas parte da língua alemã
moderna, para cujo estabelecimento contribuiu, em muito, a tradução da Bíblia
feita por Martin Luther, em 1531, para que os alemães pudessem lê-la. Luther a
traduziu do latim para um dialeto supradialetal, o Hochdeutsch que rapidamente
se difundiu também por obra de um outro alemão, Johannes Gutenberg
e pela Revolução da Imprensa. Esse Deutsch impulsionou também a
união dos diferentes departamentos políticos provenientes da Idade Média.
Enquanto famílias de alemães vinham para cá, havia, em sua Heimat,
diversos movimentos em favor da união entre os Estados. A März Revolution de
1848 foi um deles. Essa unificação aconteceu sob o governo prussiano de Bismark
em 1871. Mas, já em meados de 1700, existia a obrigatoriedade da frequência
escolar na Prússia, o que também contribuiu para que o Hochdeutsch se
propagasse. Nos passaportes das pessoas vindas ao RS constava a procedência.
Vinham da Renânia, da Pomerânia, Prussia, .... No entanto, como todas essas
pessoas falavam alemão, a História as registra como “alemães”. Mais da metade
dos que vieram para Santa Cruz, por exemplo, sabia ler e escrever em alemão.
Portanto, quando se fala em imigrantes da Alemanha, antes de 1871, a
referência é feita às pessoas de fala alemã, de origem germânica. Para além dos
Estados, era a língua que os identificava. Por isso, também não viam mal algum
em manterem viva a sua língua, porquanto esta consistia de um direito advindo
de sua origem. Continuar aqui falando alemão não lhes era empecilho para
cultivarem o bem-querer à nova Heimat. Eles não concebiam a língua
que falavam como imperativo para amar o lugar de seu viver.
Essa língua alemã continua presente em Santa Cruz e faz parte de seu
patrimônio imaterial. E precisa ser resgatada da invisibilidade a que foi
relegada e co-oficializada como língua regional, por ser um bem coletivo que
confere forte especificidade à região.
PREOCUPANTE - DO RGS SÓ P. ALEGRE FIGURA ENTRE AS 50 MELHORES DO PAÍS
Falo do índice de desenvolvimento humano.
É com o país que devemos nos comparar. E não entre nós, que estamos indo como rabo de cavalo.
Das minhas cidades-afeto, nem Santa Cruz, nem Xangri-La, nem São Leopoldo, nem Unistalda, nem Santiago estão entre as melhores colocadas no RGS. Só Porto Alegre, que está em primeiríssimo lugar.
Infelizmente nossa querida Unistalda está entre as piores - índice de 0.626. Não estou culpando ninguém, mesmo porque sou produtor rural de lá. Também, portanto, sou responsável.
Da região central do Estado só se salva Santa Maria, que está em 10. lugar no RS.
Tudo isso ao menos serve para refrear o ufanismo que é coisa típica do interior do nosso Estado.
Alguns lugares que se ufanam sem nenhum motivo( mais pela falta de informação do povo - tipo coisa de torcida de futebol) só não tem favelas nem maior criminalidade porque grande parte da população se mandou para outros lugares. Não fosse isso queria ver como ficaria a situação.
O RGS baixou, entre os Estados, de 5 para 6 lugar.
Fontes - O Sul e ZH
É com o país que devemos nos comparar. E não entre nós, que estamos indo como rabo de cavalo.
Das minhas cidades-afeto, nem Santa Cruz, nem Xangri-La, nem São Leopoldo, nem Unistalda, nem Santiago estão entre as melhores colocadas no RGS. Só Porto Alegre, que está em primeiríssimo lugar.
Infelizmente nossa querida Unistalda está entre as piores - índice de 0.626. Não estou culpando ninguém, mesmo porque sou produtor rural de lá. Também, portanto, sou responsável.
Da região central do Estado só se salva Santa Maria, que está em 10. lugar no RS.
Tudo isso ao menos serve para refrear o ufanismo que é coisa típica do interior do nosso Estado.
Alguns lugares que se ufanam sem nenhum motivo( mais pela falta de informação do povo - tipo coisa de torcida de futebol) só não tem favelas nem maior criminalidade porque grande parte da população se mandou para outros lugares. Não fosse isso queria ver como ficaria a situação.
O RGS baixou, entre os Estados, de 5 para 6 lugar.
Fontes - O Sul e ZH
segunda-feira, 29 de julho de 2013
OS NOJENTOS BAGACEIRAS
Vou começar com uma manchete do Clic rbs
A Maldição do Samba
Por causa de festas, vizinhos de Ronaldinho querem que ele se mude em Minas Gerais
Acho que Ronaldinho não é culpado de nada, não acredito que perturbe seus vizinhos.
Mas eu queria contar para vocês um drama. Após dois anos tendo prometido a mim mesmo não tocar no assunto, vou quebrar minha promessa.
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Maristela e eu juntamos nossas poupanças e compramos uma casinha em X. La. De madeira. Fomos felizes lá.
Ela e eu decidimos juntar nossas poupanças e compramos outra, um pouco melhor.
Fomos felizes lá
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Maristela e eu juntamos de novo nossos trocados e compramos uma, mas uma de fundamento.
Só que
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vizinhos sem um mínimo de berço, novos classe média, nos infernizavam a vida. Noite e dia som alto. Pensei em os matar ( cogitationis poenam nemo patitur), mas fiquei no pensamento.
Dois anos de tortura.
--------
Fechamos a casa e não fomos mais veranear. Colocamos a venda.
Em seguida consegui fazê-la entrar no negócio do meu REFÚGIO MARÍTIMO.
Como sou feliz!
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Minha ex casa demorou a ser vendida por causa dos bagaceiras.
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Quem paga os prejuízos dos nojentos?
Pergunto: se eu faço silêncio: eles têm prejuízos?
Ao contrário, se eles vão de pagode noite e dia, como é que fica?
---------------
Mas tudo passou, graças a Deus. Estive ali para usar minha Glock...
Adonai segurou meus impulsos.
Foi melhor.. alguém menos calmo que eu vai fazer frente a eles. Não quero nem estar perto.
PECUÁRIA GESSINGER INICIA A VENDA DE TOUROS ANGUS E BRANGUS
Atenção criadores!
Estão abertas as vendas de Touros Angus e Brangus, rústicos, criados a campo, conhecem mio-mio.
São animais de 2 anos, vêm com exame andrológico.
Damos financiamento particular e prazo.
Num raio de 70 kms de nossa sede entregamos o reprodutor em sua estancia. Dependendo do número, estudamos seu caso. Mas a gente nunca deixa um cliente ir embora sem se acertar no brique.
Se não puder levar o seu agora, reserve-o que entregamos em setembro.
Ligue agora: 55- 36115026
55 - 96659559 - com Luís César
Quer nos visitar?
pegue a br 287 . No km 423 siga as placas. São só 7 kms de estrada de chão.
Também pode nos mandar um chasque eletrônico:
ruy@gessinger.com.br
domingo, 28 de julho de 2013
AINDA BEM QUE AS PASSISTAS NÃO FIZERAM PARTE DA VIA CRUCIS
Via - caminho
Crux ( cruz), crucis ( da cruz) .
Não tenho religião, portanto só farei umas observações.
Fui forçado a ver a encenação feita em Copacabana. Liguei a TV e o que vi - essa é minha percepção - foi nada mais nada menos, do que mais um enredo de escola de samba. Tudo espetaculoso, comentários ao fundo, dos mais absurdos e sem nenhuma base histórica, dizeres acríticos e emocionais.
Pelo que leio dos livros históricos, a pessoa que foi crucificada passou por dores inomináveis. A morte ocorre por asfixia e a agonia é longa.
Mas nós gostamos de encenações, carnavais, aglomerações, recordes de públicos. A Leilane disse que eram tres milhões de espectadores... não seriam 2.999.999?
Acho que o homem culto que é o Papa Francisco não gostou. Eu vi por suas feições.
Nem eu entendi " Maria" a mãe de Jesus, esboçando um sorriso ante a passagem de seu filho com a cruz.
Mas, no país onde Deus nasceu, tudo vale.
Bom domingo. Não cometam pecados.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Wie schön ist doch die Welt - (COMO É LINDO O MUNDO)
Cheguei ontem ao meu refúgio marinho e me encantei com os 15 graus, céu azul, nenhum vento.
Quietude total, pássaros trinando, o que me fez ver o absurdo de ligar TV ou rádio. Fiz fogo na lareira e logo recebí a visita do sr. Matheus Gessinger Bremm, de dois anos, com quem mantive animada palestra, enquanto o alimentava com tudo o que a mãe dele proibe, linguiça do Schuster, pão com manteiga Aviação e umas colheradas de mocotó. Deixei-o gritando e esperneando na casa de sua mãe, minha filha. Ele queria ficar comigo.
Fui deitar 8,30 e acordei 5,30 completamente refeito.
Às 9 recebo um telefonema, a pessoa queixosa e triste porque estava sem internet...
Voltei agora de minha caminhada de 5 kms.
Praia deserta, 14 graus, nenhum vento, céu azul.
Penso que quem Criou este mundo pensou certo: vou fazer algo bem equilibrado.
Ocorre que o mamífero que chama a si mesmo de Homo Sapiens, mas que deveria ser Stupidus, só pensa em se aglomerar feito amebas na carniça, fazer barulho, matar seus próximos, comer mais do que precisa, acumular bens que nunca vai usar, rala com tudo. Nenhum ser vivo faz isso.
Que diferença Xangri La fora de estação e agora!! É um paraíso.
É por isso que as pessoas vão correndo ver a neve. Não é por boçalidade.
Elas querem sair das selvas de pedra, querem sonhar, querem ser felizes, nem que seja de mentirinha.
Será que nossos bisnetos herdarão pelo menos o que ainda temos em Xangri La no inverno?
Vai chegar o dia em que as audiências judiciais far-se-ao virtualmente, pela internet ou outro meio.
Capaz que eu não vá morar na praia.
( menos no verão, heheh)
Bom finde a todos vocês três, meus leitores.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
UM ESFORÇO FINAL PELA MÚSICA DE RAIZ! VAMOS DAR UMA FORÇA AO NENITO !!!!
Olá, amigos (as)! Agora precisamos do apoio de todos (as)
para chegarmos lá.
CHEGAMOS AO ÚLTIMO DIA DE VOTAÇÃO e quanto mais amigos(as)
compartilharem esta postagem: https://www.facebook.com/nenito.sarturi.5/posts/654108451285902
solicitando o apoio à nossa canção, mais chance teremos de formar uma CORRENTE
forte para representarmos o Rio Grande do Sul nesse grande festival
brasileiro.
Lembrando que a nossa música "PALAVRAS SONORAS" é
a ÚNICA música GAÚCHA classificada na LINHA RAIZ. Estamos em 3º LUGAR na
votação, apenas os primeiros 3 colocados se classificam para a final no estado
de SÃO PAULO.
SE CADA UM QUE JÁ VOTOU CONSEGUIR MAIS UM VOTO, PELO MENOS,
CHEGAMOS A 660!! Após o voto, CERTIFIQUE-SE DE QUE RECEBEU O E-MAIL DE
VALIDAÇÃO, caso não esteja na Caixa de Entrada, verifique a pasta Lixo/Spam. A
solicitação de CPF pelo site é para não ter mais de um voto por pessoa. LINK
PARA A VOTAÇÃO: http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/viola-de-todos-os-cantos/platb/2013/06/votacao-musica-raiz/.
PEÇO O APOIO E COLABORAÇÃO DE TODOS!! Abraço.
NENITO SARTURI.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
MUITO BOM O EVENTO DE LANÇAMENTO DA EXPOINTER 2013
É uma as festas que mais adoro.
Organização, pontualidade e carisma.
Ao meio dia em ponto entrou o Governador-Pontualidade, Tarso Genro.
Viu a Maristela, desviou-se do curso e foi abraçá-la. Cumprimentou-me - somos velhos amigos.
À nossa mesa estavam: Paulo Sérgio - vice-presidente da rede Pampa, deputado Marchesan Jr., deputado Mano Changes, Presidente da Câmara de Vereadores de P. Alegre, dr. Thiago. A conversa seguiu animada, mesmo porque fui amigo do pai do Marchesan Jr. e sou colega músico do Mano Changes.
Não vi o deputados, quer estaduais, quer federais do PP.
Conversei muito com o Afonso Motta e com o dep. Lara.
Enfim, boa comida, confraternização , entusiasmo.
Achei o Paulo Odone meio triste.
O futuro membro da Diretoria do TJ Rs , des. Moesch foi uma das estrelas.
Conversamos muito.
Não entendo como alguns próceres de regiões produtoras não se fazem presentes.
Pior para quem não vai.
terça-feira, 23 de julho de 2013
MEDICINA EM URUGUAIANA II
Mail de Fernando Alves
Caro Ruy,
A UNIPAMPA tem 10 campus. O de Uruguaiana, maior de todos
porque ficou com todo o campus da antiga PUC, tem o eixo da saúde: graduações
em Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia (e Doutorado) e Veterinária. Já temos os
laboratórios e professores necessários para manter o primeiro ano de Medicina.
E a possibilidade de fomentar inédita cooperação internacional, já que Paso de
Los Libres acabou de inaugurar um hospital com 180 leitos. (A UNIPAMPA terá alunos estagiando do lado de
lá já em 2014.) E o prefeito Luiz Augusto Schneider (PSDB) está empenhado em
consolidar o eixo da saúde com o curso de Medicina em Uruguaiana. Nessa luta –
que garantirá mais médicos para a nossa Fronteira Oeste e a tornará prestadora
de serviços na área -, foi a São Borja, semana passada, onde garantiu o apoio
do prefeito Farelo Almeida (PDT), e, hoje, a Porto Alegre, onde foi recebido
pelos deputados Frederico Antunes (PP), Elisabete Felice (PSDB) e Carlos Gomes
(PRB), e pelo governador Tarso Genro, que foi quem criou a UNIPAMPA quando ministro
da Educação.
FACULDADE DE MEDICINA EM URUGUAIANA !!!!!
Ligou-me agora meu querido amigo e assessor do Prefeito de Uruguaiana, o Fernando Alves. Disse-me que o Prefeito está em P. Alegre, falou com o Tarso, foi acompanhado de vários deputados e próceres. Me disse o Fernando que o Prefeito quer o meu apoio e que queria me visitar.
Quanta honra para um humilde tocador de violino...e advogado de alguma estrada e pastor de gados e ovelhas..
Recém estou chegando a P. Alegre, mas amanhã vou na festa de lançamento da Expointer e darei um peitaço no Tarso ( quase rimou).
Aí está a solução! Vamos interiorizar as faculdades de medicina!
Uruguaiana está pronta!
Em seguida volto com mais detalhes!
Grande Uruguaiana!
Como me impressionei recentemente com Uruguaiana: charmosa, limpa, progressista!
Do inigualável Café da Praça.
DE SÃO PAULO, IVANHOÉ ENTRA NO DEBATE
O Ruy. "Gaúchos" sempre gostaram dessa polêmica,
indumentária. É mais um assunto da cartilha tradicionalista criada pelos
"donos do gauchismo" reunidos em grupos dentro dos CTG,s e
capitaneados pelo MTG. Sempre se acharam no direito de proclamar o que é certo
e o que é errado como se isso fôsse ditar o verdadeiro e o errado no que é ser
um filho da terra, do que é ser na verdade o homem do campo. E isso é mais uma
das coisas criadas por esse câncer chamado RBS que cooptou alguns metidos a
gaúchos e que se arvoram "donos" da matéria. Mas gauchismos e outros
"ismos" a parte, quero crer que o que vale realmente é seu carinho e
dedicação as coisas do campo. Ao respeito pela natureza, ao cuidado com as
aguadas e os capões de mato. Isso sim, é ser da terra é ser homem do campo.
Quanto a bombacha, vamos deixar para o querido amigo Ivan Saul, para o literal
campeiro Luiz César, esses sim, verdadeiros gaúchos que usam suas
indumentárias como extensão do corpo e da alma. Usam para o trabalho, usam para
enfrentar as noites de frio , nas rondas campeiras, e não para provar alguma
coisa ou "cultuar" o que quer que seja.
Em tempo e em referência a citação do Ivan Saul : - quanto a
divulgação do "Payador, Pampa e Guitarra" o crédito na verdade deve
ser dado exclusivamente ao Jayme a ao Noel que cortaram essas terras visitando
rádios e fazendo apresentações para a devida divulgação. Sofreram muito o
desprezo da midia da época já dominada pela rede dona de tudo no Rio Grande e
que surgia com sua gravadora ditando leis e se apossando de uma fatia da
cultura gaúcha, através de um programa domingueiro muito conhecido. Mas isso é
tema pra outro debate.Em algum momento vamos falar um pouco sobre a matéria,
Grande abraço, meu querido amigo. Ivanhoé
MAIS REFLEXÕES - DIRETO DO PARANÁ, DE IVAN SAUL
Sentindo-me honrado
pela parte que me toca da dedicatória desta postagem, me animo em dar minha
contribuição ao tema da indumentaria, i.e., meter minha colher. Desta vez
falando sério.
Passei quase toda minha
infância no centro da cidade, a cidade sendo Pelotas, não quer dizer grande
coisa. Meu dia de sorte se dava quando saía mais cedo do colégio, ou o leiteiro
atrasava o reparte, e podia pegar carona na charrete até em casa. Ajudava com
os litros de vidro e os engradados de arame soldado e, assim, podia conduzir, à
passo, depois de dobrada a esquina até o meio da quadra onde uma pontezinha
atravessava o canalete da rua General Argollo.
Naquilo que hoje se localiza
pouco mais de um quilômetro da casa em que morávamos, e que à época pareciam
muitos quilômetros, onde hoje é território de casas modernas da gente fina
pelotense, terminei minha infância pastoreando vacas leiteiras de uma família
de amigos, pequenos tambeiros. Nos amplos terrenos baldios, correteava num
petiço colorado chamado Charuto, atacando as vacas pra não atravessarem as
ruas.
Ainda tínhamos tios e muitos
primos morando no interior de Canguçu, origem da vertente feminina da família e
visitá-los envolvia preparação e demandava férias, porém ali, aprendi a lidar
com bois mansos na carreta, a importância da cultura do fumo na economia
familiar - me ensinaram como fazer o fumo em corda, torcer, enrolar, melar...
também me ensinaram a fumar, quase adulto que era aos 10 anos. Lá também
aprendi alguma coisa sobre trançar couros, domar potros, matar pra comer, viver
feliz com quase nada.
Adolescente, já não via mais
gaúchos nas ruas do centro, não via mais leite em litro ou leiteiro, nem
padeiro, nem carroças de limpeza urbana, cavalos e charretes só dos verdureiros
na feira semanal ou dos carroceiros de frete. Naqueles dias ninguém remexia o
lixo alheio, isso que hoje se chama reciclagem - a não ser por um misto de
miséria e enfermidade mental. Crianças não dirigiam cavalos magros, em
charretes altas de papelão, no meio do trânsito da hora do rush.
Logo foi o momento de ser
pioneiro, foi o tempo de fugir da alienação cultural, foi a hora de resgatar
valores que desapareciam. Todavia, vestir bombacha na cidade era motivar piadas
e chacotas - "Onde deixou o cavalo, seu?"... "Na casa da sua respeitável
genitora!"
Fui soldado da primeira hora,
lutei [literalmente inclusive] para o verdadeiro tradicionalismo ressurgir das
cinzas dos "35 CTG" [que não é mais antigo do que a congênere] e
"União Gaúcha João Simões Lopes Neto". Hora de tirar as decisões das
mãos dos eternos guardiães estabelecendo a nova corrente do nativismo.
Havemos de creditar na conta
da RBS o lançamento e divulgação do Long Play chamado "Payador, Pampa e
Guitarra" - Jayme Caetano Braun e Noel Guarany [amigos pessoais do nosso
confrade Ivanhoé], que soou como clarinada nos ouvidos povoeiros de gaúchos
adormecidos, e vieram as Califórnias da Canção, e vieram as novas agremiações,
e sobreveio a utilização política e o desvirtuar do patrimônio cultural e a
Tchê Music. E a piada evoluiu - "Sabe qual é o menor circo do mundo, seu?
É a bombacha, cabe só um palhaço dentro!"
Bueno, me afastei e fui fazer
pela vida. Passei mais de 20 anos sem vestir bombacha e calçar botas - por
conta de um compromisso pessoal, uma "promessa" no reflexivo, de mim
para comigo - e só voltei a envergar "pilchas" quando, recentemente,
adquiri as primeiras duas éguas desta fase pós-urbana da minha vida.
Naquela longínqua viagem ao
Congresso Tradicionalista que já comentei aqui, uma senhora e suas crianças
caminhavam pela estrada, numa daquelas grotas do interior de Piratini, e foram
alcançadas pela coluna de cavalarianos, o guri dizia pra mãe - "Olha os gaúcho
mãe, olha os gaúcho!" e a guria mais velha, de braços dados, bem apertada
contra a mãe falava baixo - "É aquele homem da televisão, aquele ali
ó..." e espichava o beiço no rumo do Antônio Augusto.
Gaúchos e gaúchas são de
todas as querências! Qualquer que seja a pilcha, o que nos identifica é o terroir.
Fraternal abraço ...
Ivan
segunda-feira, 22 de julho de 2013
PERDÃO AMIGOS, MAS NÃO SOU CAMPEIRO
´Tá tudo errado no meu figurino, eu sei.
Uma querida amiga manda-me um mail carinhoso me dizendo que, numa foto, eu teria que trocar a touca por um belo chapéu campeiro.
Bueno, eu tomei uma decisão na vida.
Não me fantasiar de gaúcho.
Uso botas por causa das cobras e das pedras e dos espinhos e do frio.
Não fazia sol hoje, por isso, já que era frio, botei a touca.
Fazia frio, por isso coloquei o carnal vermelho.
Mas por baixo da calça jean havia um abrigo de moleton.
Agora: aprecio um gaúcho bem pilchado.
Mas cada macaco no seu galho.
Encerro com uma pergunta de meu capataz Luiz César:
- patrão, le pergunto: porque se nós , campeiros, usamos bombachas a vida inteira, quando morremos, querem nos enterrar de fatiota e gravata?
E eu redarguo: Não sei.não sou campeiro, nem sei bem o que sou, só sei que a Gessinger tá dando certo.
Dedico essa crônica a todos humildes e pequenos que, por seu trabalho, tornaram-se produtores rurais.
O FUNDO DE CAMPO É MEU RETIRO ESPIRITUAL
Sem a gente se dar conta, entra-se num frenesi, numa pressa de tudo, na falta de tempo ( por sinal, quando alguém me diz que não deu tempo de fazer algo, é porque não tinha interesse, só isso). Acaba-se por não parar , parar para refletir, para repensar, para um olhar crítico dentro de si mesmo.
Nessas ocasiões volto a acreditar Nêle, volto a conversar com os bichos, as árvores e as pedras.
JÁ SEI ONDE DORMIR HOJE À NOITE
O site Climatempo marca - 2 graus para amanhã.
Conversa. Hoje marcou - 4 na estância.
É que os comunicadores que nunca saem de P. Alegre só noticiam o que ocorre nas cidades, onde sempre é 4 graus mais quente que no campo.
Pobrezinhos, deve ser duro ficar o dia inteiro trancado num estúdio com a bunda numa cadeira. Um cara desses vem aqui para a estância e morre horas depois, heheh
Mas eu vou nanar ao lado da lareira, já amontoei uns tocos ao lado, e vou me cobrir com meu poncho carnal vermelho, que os colas finas como o Loeffler e o Flávio Pereira acharam que eram vestes de Papa. hehehe
domingo, 21 de julho de 2013
EM VOLTA DAS CASAS E NA CABANHA DE OVINOS
Temos Cabanhas de Ovinos, Cavalos Crioulos e bovinos Angus, bem como rebanho geral de Angus e de ovinos Ile de france.
Hoje cedo dei uma olhada nos rebanhos gerais de bovinos e ovinos, só uma parte, pois para olhar tudo precisa de uma semana. Mas pecuária é quase como um exame de sangue. Não precisa tirar todo o sangue do paciente: basta uma gota.
De tardinha dei uma olhada nos cavalos e nos ovinos que vão para a Expointer.
Deu tempo até para inspecionar a horta de dona Marilza.
UMA CAMPEREADA ANTES DA GEADA GRANDE
Saí de P. Alegre 5 da manhã chegando na estância 10,30. Almocei e já saí pelos campos.
O gado está bem e é claro que estamos dado sal proteinado e mineralizado.
Prenuncia-se geada ou até neve nesses campos de Unistalda. Os nossos são os mais altos da região, aqui na Serra do Iguariaçá. No mais, as sangas e os açudes estão cheios e os campos bem folgados para enfrentarmos o inverno. Logo mais vou jantar um carreteiro de charque de cordeiro. Vamos ver se amanhã consigo recorrer mais algumas invernadas. Todas não vai dar.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
A BRINCADEIRA MOCINHO X BANDIDO
Quando eu era piá a gente brincava, influenciado pelo besteirol dos filmes yankees, de mocinho x bandido.
Todo guri tinha um canivete para descascar laranjas, limpar as unhas etc E também um revólver de espoleta.Eu com 12 anos atirava com arma de verdade de dois canos nos marrecões.
Com toda essa nossa "selvageria" dormíamos de janelas abertas, as cortinas balouçando
.suavemente nas janelas, íamos a pé para casa de madrugada, ninguém matava ninguém, a não ser de vez em quando, por justa causa na maioria das vezes. Era bom, era melhor que hoje.
Tínhamos medo da Polícia - medo e respeito.
Eu fui juiz em cidades que diziam " boca braba". Lá chegando não era nada disso. Claro que uma invasão de propriedade redundava em tiroteio - coisa normal.
Santiago do Boqueirão, onde fui juiz no meio dos anos 70, não tinha fofoca. Já nas cidades alemãs e italianas era muito nhenhenhê. Briguinhas, bateboca. Em Santiago ,naquela época, o bateboca era muito curto e grosso. Terminava em estanho. Todo mundo pagava as contas, havia pouco processo. De vez em quando um júri. Normal.
Hoje não sei bem como ficou, mas parece que , graças a Allah, não tem tanto tiroteio, que bom.
Mas o que eu queria dizer é que no Brasil ninguém mais quer ser " mocinho", defensor da ordem e da lei.
A maioria é leniente e compassiva, para ser " politicamente correto" com os arruaceiros e bagunceiros.
Pior, gente de boa índole, querendo ser " moderninha", fecha ruas e estradas, como, recentemente, ocorreu na minha adorada terra natal, Santa Cruz.
No Rio de Janeiro, que já convivia com tudo que se possa imaginar, agora a Polícia contempla os bandidos " classe média" quebrando tudo.
E ninguém, mas ninguém mesmo, quer parar de "mocinho". Não temos mais o Xerife. Logo o ligamos, equivocadamentre, a l964.
E aí veio aquela absurda audiência conciliatória.