segunda-feira, 22 de julho de 2013

PERDÃO AMIGOS, MAS NÃO SOU CAMPEIRO

 

´Tá tudo errado no meu figurino, eu sei.
Uma querida amiga manda-me um  mail carinhoso me dizendo que, numa foto, eu teria que trocar a touca por um belo chapéu campeiro.  
Bueno, eu tomei uma decisão na vida.
Não me fantasiar de gaúcho.
Uso botas por causa das cobras e das pedras e dos espinhos e do frio.
Não fazia sol hoje, por isso, já que era frio, botei a touca.
Fazia frio, por isso coloquei o carnal vermelho.
Mas por baixo da calça jean havia um abrigo de moleton.
Agora: aprecio um gaúcho bem pilchado.
Mas cada macaco no seu galho.
Encerro com uma pergunta de meu capataz Luiz César:
- patrão, le pergunto: porque se nós , campeiros, usamos bombachas a vida inteira, quando morremos, querem nos enterrar de fatiota e gravata?
E eu redarguo: Não sei.não sou campeiro, nem sei bem o que sou, só sei que a Gessinger tá dando certo.
Dedico essa crônica a todos humildes e pequenos que, por seu trabalho, tornaram-se produtores rurais.