Lá e cá a mentalidade é infelizmente
a mesma.
Temos mais de cinco mil e quinhentos
municípios no país. Quanto menores pior é a situação. Nos pequenos, famílias se
apropriam de partidos e fazem das Prefeituras seus feudos. Geralmente essas
famílias se alternam no poder e como ocorre em quase todos os municípios, nos
quatro anos de mandato os eleitos empregam familiares e especialmente cabos
eleitorais nos malditos Cargos em Comissão. Com isto o contribuinte paga
indiretamente a campanha eleitoral do eleito, empregador de CCs.
Na Xangri-Lá, Ruy, o antecessor
que pintou e bordou por oito longos anos em função da maldita reeleição jogou
dinheiro fora de acordo com sua mentalidade minúscula e por ser um MENTIROSO
ímpar enterrou a cidade. Em longos oito anos nenhuma sala de aula foi
construída. Festas com despesas de 300, 400 mil reais com dinheiro do erário
eram comuns. Sessenta dias antes do pleito foram torrados 300 mil numa festa
para motoqueiros de um clube de Capão da Canoa. Óbvio que o propósito era
angariar votos ao candidato do sujeito.
Em Xangri-Lá há três Procuradores
concursados, mas todos os TAC assinados com o MP e que não foram poucos
naqueles oito anos sempre foram assinados pelo Prefeito e advogados de “sua
confiança” contratados e pagos com o dinheiro do erário. Como compreender isto?
Indignado com tamanha falta de
respeito levei denúncia ao MP da Comarca em Capão da Canoa. A festa foi
realizada e o pleito. Felizmente o candidato do MENTIROSO levou um pé no
traseiro.
Em junho do ano seguinte, ou seja,
já no sexto mês de mandato do novo Prefeito recebi do MP uma das muitas
desculpas esfarrapadas.
Há no MP naquela Comarca um jovem
Promotor digno, honrado e trabalhador, mas parece-me ser apenas uma andorinha
naquele ninho.
Nosso problema é que somos um povo
que ou não recebeu da família a educação necessária ou quando vemos dinheiro
nos emocionamos.
Raras,
infelizmente são as exceções