Quando jovem eu brincava muito com meus amigos. Ao estar num grupo, com moças e rapazes, era aquela azaração em busca da atenção delas . Eu ficava frio, só observando. Algum amigo me perguntava: como é, não vais à luta?
Eu respondia: não carece; espera eu tirar meu violino do estojo....
Participei de muitos congressos, torneios, etc, no Brasil e no Exterior. Sempre levava meu violino junto. Quando havia longas demoras nos aeroportos, arrumava um parceiro e a gente tocava enquanto o avião não vinha. Pronto: juntava um povo enorme, todos apreciando qualquer que fosse a música que se tocasse.
Um dia fui na Multisom da Rua da Praia comprar um violino para meu filho Rudolf. Tirei o instrumento do estojo, afinei as quatro cordas ( sol, re, la e mi), passei breu no arco e dei uma tocada. A loja parou.
Minha mãe contava que meu pai tocava para eu dormir quando bebê.
Compre uma flautinha simples de madeira, ou uma gaitinha de boca e dê à criança. Deixe ela brincar à vontade. Aos poucos ela vai vendo que soprando a gaitinha é um acorde; aspirando, na mesma posição, é outro. Na flautinha, mostre-lhe que cada furinho que se tapa com o dedo muda a nota.
Saber tocar um instrumento só depende da gente, mas com dinheiro não se compra....
Não tem jeito.
COMENTÁRIO DO MÉDICO, ESCRITOR E ACADEMICO FRANKLIN CUNHA
E a melhor gaitinha que tenho é uma Honner, made in
Germany, a qual a reservo para tocar
nas festinhas familiares.Treino novas
melodias numa Hering, feita em Joinville que também é muito boa.Como sofria de
asma quando criança, um sábio pediatra recomendou a meus pais que comprassem
uma gaitinha, para exercitar meus pulmões.Deu certo, até hoje faço exercícios
bronquiolares tocando melodias diversas e alegres. E terapêuticas, por supuesto
!
FC