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MIGUEL CAVALCANTI - ( Beefpoint)
Amanhã é o dia dos pais, e estava aqui me lembrando das
coisas que aprendi com meu pai, que foram e são muito importantes para mim até
hoje. Coisas simples, mas essenciais.
Aprendi muito pequeno que deveria ter um aperto de mão
firme e olhar dentro do olho das pessoas que eu estava cumprimentando. Apenas
um gesto, que faz toda a diferença num primeiro encontro e em todos os outros.
Aprendi a não ter medo de trabalho. Se dedicar
intensamente ao que está fazendo, sem preguiça, sem hora para acabar, sem
reclamação. Sempre com uma atitude alerta, alegre e com energia. Estar sempre
disposto, ir atrás do que realmente importa e fazer mais do que a minha parte.
Iniciativa. Inúmeras vezes, nas andanças com meu pai no
interior de Goiás, vi ele fazendo o que ninguém tinha pedido, sem querer nada
em troca. Apenas por achar que era o certo e o melhor a fazer naquele momento.
Fazer o certo mesmo que ninguém esteja olhando. Ninguém
vai saber, mas você vai, e não quero daqui 20, 30 ou 50 anos olhar para trás e
me arrepender do que fiz. Melhor ficar vermelho uma vez, do que amarelo todo
dia...
Aprendi a tratar todos com respeito e educação. Um bom dia,
boa tarde, como vai, podem fazer uma diferença muito grande para uma pessoa que
está ao seu lado, ou te servindo.
Nunca vi meu pai falar um palavrão, mesmo em situações
surpreendentes como um caminhão de lenha cruzando a estrada na nossa frente e a
família inteira dentro do carro. Nisso eu ainda preciso melhorar, pelo menos um
pouco... :-)
Acreditar no que você acredita, mesmo que ninguém esteja
acreditando. Confiar no seu taco e ir em frente mesmo quando você é a exceção e
pensa diferente. O que é óbvio hoje, já foi um absurdo ontem.
Essas foram algumas das coisas que aprendi com meu pai,
sobre como trabalhar, viver, tratar os outros. Algumas coisas que ajudaram a me
moldar e que tenho hoje como qualidades minhas. Coisas que eu espero conseguir
passar para meus dois filhos, que agora começam a andar junto comigo.
Eu também gostaria de fazer mais, como meu pai fez comigo
- expor meus filhos ao trabalho, ainda bem jovens, para que peguem o gosto pelo
batente e aprendam mais com o exemplo e menos com lições.
Talvez mais importante do que perguntar que mundo
deixaremos para nossos filhos, será perguntar que filhos deixaremos para o
mundo.