quarta-feira, 12 de abril de 2017

SAUDADE DAS RÁDIOS DA REGIÃO DE SANTIAGO

Confiteor ,em latim quer dizer confesso. Admito minha culpa.
Ao chegar, ainda guri, como Juiz, em Santiago, logo me afeiçoei a  Antônio Manoel Gomes Palmeiro, o Barbela, serventuário da Justiça e Jaime Pinto, diretor da Rádio Santiago.
Os dois me ensinaram a gostar da música folclórica argentina ( Merceditas, Los ejes de mi carreta, etc), bem como da boa música nativista, onde Santiago exibia uma pureza campesina nunca vista.
Passei muitos anos sem saber nada de Santiago, depois de promovido.
O tempo passou e , por coisas da vida me aposentei e...Empreendi a aventura de me mudar para Santiago, por uns anos. Comprei uma casa para ,a partir dela ,poder melhor administrar a minha fazenda.
Com o avanço da tecnologia virtual, vi , mais tarde, que era melhor eu voltar a morar  perto dos aeroportos.
Quando voltei a Santiago, portanto, mil anos depois de ter sido juiz lá, tudo tinha mudado.
Me revoltava contra o estilo das rádios. chasque pra lá, chasque pra cá. Eu achava que tinham que ter como modelo as rádios " talk and News", conversa e notícias, como a Gaúcha, por exemplo no "gaúcha hoje".
Pois é.
Hoje acordo às 5 horas e o que seu Macedão faz é uma churrio de  notícias de acidentes, de execuções, num frenesi neurótico. Pior, se repetindo a cada 15 minutos.
Uma correria.. bom dia , bom dia , bom dia a cada intervenção.
Que saudade das conversas campeiras matutinas das rádios de Santiago. Alguns tropeços no idioma, que mal têm? São os comunicadores conversando, coração a coração, com  seu povo.
Retiro todas minhas críticas. Cada cidade tem que prestigiar SEUS  veículos de comunicação.