Sei, o Min Joaquim Barbosa ERA TRUCULENTO, CHEGADO A ROMPANTES
DESUSADOS NO MEIO EM QUE TODOS SE TRATAM POLIDAMENTE. Só não esqueço duas
circunstâncias : a primeira – o Ministro era homem cujo corpo sofria dores
intensas, por conta de problemas sérios na coluna; o segundo, a reação violenta
que recebeu do Governo, de alguns colegas e de vários defensores dos acusados
do chamado mensalão. José Sarney, quando Presidente da Repúblicva,
lembrava sempre do ritual do cargo. Acho que nessa passagem do Min Barbosa
pela Presidencia do SUPREMO, NÃO HOUvE, DE PARTE A PARTE, OBEDIÊNCIA AO
RITUAL DO CARGO. Lembremos : Barbosa diante de uma representação de entidades
de magistrados, disse que havia uma trama entre Juízes e Advogados para criar
mais um Tribunal Federal. Um dos magistrados quis contestá-lo e ele
literalmente mandou-o calar a boca. Um laivo de prepotência. Depois e essa foi
a causa da recusa do Cons Reg da OAB do DF em conceder-lhe a reinscrição, ele
mandou retirar a força do plenário o advogado de José Genoino, que exigia que
seu processo fosse julgado em primeiro lugar. Assisti o episódio na TV. O
profissional desbordou para o desacato. Estava iniciado um outro julgamento.
Ele, sem que lhe fosse concedida a palavra, assomou à tribuna e começou a
protestar em altos brados. Como não silenciou, o Presidente mandou retirá-lo do
plenário. A ordem dos trabalhos é mantida pelo Presidente, em qualquer tribunal
do mundo e é impensável que alguém, sem receber a palavra, interrompa um
julgamento, exigindo, em altos brados, que o seu seja posto em pauta. Há quem
diga que o advogado estava bêbado. Isso nem interessa, posto que os operadores
do Direito devem tratar-se com urbanidade entre si e respeito ao Regimento
Interno.Assim como os fatos estão colocados, penso que a negativa de inscrição
soa como vindita. Eliseu Torres