Tuas bem colocadas ilustrações mostram o quanto
somos reféns de nossas limitações intelectuais; o quanto somos reféns de nossos
desleixos para com a educação linguística. Acreditamos que não precisamos
ampliar nossos recursos linguísticos. Acreditamos que somos entendidos de
qualquer jeito. Aprender bem a própria língua não está entre o que consideramos
importante aprender na vida. Tanto que, até mesmo entre pessoas, que
têm na língua sua ferramenta de trabalho, reina a linguagem pobre, o pensamento
tacanho. A nossa ineficiente educação linguística, impede o
desenvolvimento de tesouros em nossa mente; limita nossa capacidade de pensar,
de entender o mundo em que vivemos, condena-nos a sermos apenas reprodutores de
fórmulas prontas, cabides de ideias alheias e vulneráveis a interesses alhures.
Para pensar: porque está tão baixa a procura pelo curso
superior em Letras Português (a maioria das instituições enfrenta dificuldade
para fechar turmas); porque na Alemanha o curso superior em Letras Alemão está
entre os cinco cursos universitários mais procurados?