Ficou agendada apenas para o dia 13, na próxima semana, a eleição de Ricardo Lewandowski como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o estilo do ministro já começou a ser evidenciado a partir desta terça-feira (5), tanto na forma de condução dos trabalhos como também na pauta das sessões.
Lewandowski, que já preside de fato o tribunal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou, durante sessão do CNJ, que o órgão – criado com a missão de monitoramento e controle do Judiciário – precisa priorizar a celeridade nos julgamentos dos tribunais brasileiros e nos próprios processos apreciados pelo seu colegiado.
O ministro pediu a colaboração dos 12 conselheiros do CNJ neste trabalho e destacou a necessidade de se imprimir maior eficiência como forma de prestar um bom atendimento em todo o país. A fala de Lewandowski não apenas foi elogiada como tida como um sinal de que ele pretende dar outro caráter ao atual ritmo dos julgamentos do órgão. Nos bastidores o que se critica é o estilo da gestão anterior, de Joaquim Barbosa, de atuar de forma mais voltada para o desenvolvimento de programas estratégicos de gestão do que no controle e na correção de problemas observados entre os magistrados.
Já no STF, o estilo de Lewandowski foi observado na divulgação da pauta da sessão de amanhã, que traz seis processos aguardados com expectativa por vários setores da sociedade e que têm impacto direto em cerca de 700 casos em tramitação em instâncias inferiores.
(Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual)