Boa abordagem, Ruy. Assim, se a conclusão é de que o caos
reduz o espaço de aplicabilidade do Direito, o que dizer de todos estes que,
pelas redes sociais, pelas TVs, pelas revistas e pelos jornais, buscam promover
o caos total na sociedade? O que dizer dos que incitam os desinformados a
crerem que “nossa sociedade não tem mais jeito”e por isso devem vandalizar e
incendiar ônibus? O que dizer dos apólogos de todo tipo de violência e
destruição como forma legítima de protesto e manifestação? O que dizer de
jornalistas de alta galhada, como o Ricardo Boechatt, da Rede Bandeirantes, que
prega e incita aberta (e impunemente) o vandalismo, o quebra-quebra, a
depredação do patrimônio público no microfone da rádio Band News, em rede
nacional? Como interpretar jornais e revistas que, para pregar o caos
social, mentem, omitem, distorcem e escondem os fatos que deveriam noticiar,
por submissão a uma lógica eleitoral rasteira e fraudulenta? O que dizer
daqueles tantos que são cultos pela sorte de terem recebido educação superior,
mas que investem todo o seu conhecimento e cultura na desinformação e na
manipulação dos incultos e iletrados, para que estes promovam o caos que
aqueles, por covardia, não ousam promover diretamente? Não me admira as
notícias que circulam por aí: duas jovens mulheres assassinadas por
namorados policiais ciumentos, um torcedor morto depois de receber um vaso
sanitário jogado do alto de uma arquibancada de estádio de futebol, uma mulher
inocente, confundida com molestadora de crianças e linchada e arrastada nas
ruas até a morte por populares. Latrocidas que agem agora à luz do dia sem se
importar sequer com câmeras de vigilância... A seguir suas conclusões,
somos forçados a concluir que todas estas pessoas estão impedindo e obstruindo
a realização do Direito. Abrç. Rogério
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HERMES DUTRA
Tocaste
no ponto G (olhe como eu amanheci hoje!!!!!!!!!). Esses dias até escrevi um
post, dizendo que logo, logo vamos chegar a barbárie, fazendo justiça com
nossas próprias mãos (que sempre na verdade é injustiça pelas próprias mãos).
Em
fevereiro, fui com meus netos passar uns dias na cidade de Orlando, nos Estados
Unidos. Alugamos uma casa num condominio, que tinha acho que mais de mil
residências. No segundo dia, minha mulher resolveu comprar algo pela internet e
mandou entregar na Casa. Dois dias depois, ao chegarmos, no fim da tarde, tinha
uma pequena caixa na porta da casa. Era encomenda dela que tinha sido
deixada lá pela empresa que faz entregas. Comentários gerais: mas como ficou
aqui na frente de casa, sem ninguém cuidadando, etc...etc...etc...
Ai, fiquei pensando: Será que o povo americano (e, ou , os turistas que se alojavam no imenso condominio) seriam pessoas que jamais colocariam a mão em coisa que não fossem suas?. Até acho que sim, mas na verdade, ninguém pegou o pacote porque sabia que, se pegasse, seria punido. Imaginem aqui, deixando um pacote (mesmo na tua Xangrilá) na frente da casa.
Ai, fiquei pensando: Será que o povo americano (e, ou , os turistas que se alojavam no imenso condominio) seriam pessoas que jamais colocariam a mão em coisa que não fossem suas?. Até acho que sim, mas na verdade, ninguém pegou o pacote porque sabia que, se pegasse, seria punido. Imaginem aqui, deixando um pacote (mesmo na tua Xangrilá) na frente da casa.
O
problema é, como dizes, isso aqui virou uma casa da mãe Joana,onde
ninguém é responsabilizado por nada. Se um elemento tranca uma rua ou uma estrada,
prejudicando todos os que precisam passar alí, e ninguém faz nada, aquele que
já tem alguma coisa de ruim escondido se sente autorizado, e com razão, a fazer
das suas. E quando quer se proibir de fazer isso, dizem que estamos
criminalizando os movimentos sociais. Não quero nem falar na corrupção e outras
tantas.
Aqui
não se pode comprar uma arma para fazer a defesa do teu patrimonio porque é
proibido. O marginal, se quiser, compra a arma em qualquer esquina, porque não
está preocupado em descumprir a lei. Rale-se o bom cidadão que quer viver
dentro da lei.
Na
minha familia, todos fomos vitimas de assalto à mão armada. Na minha casa, numa
noite, até no meu quarto entraram ( como sou devoto de Santo
Antonio, acho que o mesmo me impediu de acordar, porque não sei o que teria
acontecido se tivesse acordado). Vendi minha casa e me mudei para
apartamento em em condominio com toda a segurança possível. Comprei um carro
blindado para minha esposa e agora vou trocar o meu, por um blindado
também, porque é a unica forma que me sinto seguro, andando na nossa querida e
mui leal e valerosa Porto Alegre. Queiramos ou não, gostemos ou não, a
falência da segurança pública é um fato.
Esses
dias mataram um jornalista, se não me engano em Canoas. Deixou mulher e
dois filhos pequenos. Fiquei pensando: Se a polícia conseguir descobrir o
assassino (coisa difícil) e o mesmo for condenado à pena máxima, dentro
de três ou quatro anos, estará na ruas de novo e provavelmente com grande
incentivo para matar de novo.
Meu
Deus do céu. Onde vamos parar ? Não fosse o otimismo incorrigível que me
acompanha sempre (apesar dos blindados) eu já teria ido embora do Brasil.
Acho
que temos a solução. Se reagirmos com nosso voto, daremos um recado à classe
política, para que as leis que aprovam sejam na verdade para benefício da
população. E quando se fazem leis, têm-se que ter em mente a média da sociedade
e não os mais barulhentos.
Acho
que já me estendi demais. Mas o tema é palpitante e tenho certeza que outros
confrades vão contribuir de forma mais qualificada do que eu.
Que
Deus nos guarde!!!!!! (já que o Estado não faz o seu dever)..
abrs
Hermes
Dutra