Ruy. Não conheço diagnóstico mais preciso do clima de
insegurança que reina neste país. Pior : o terror, o medo e a insegurança não
são privilégio dos grandes centros. Hoje atingem as pequenas cidades e as
propriedades rurais. Dir-se-à que isso não é um triste privilégio do Brasil.
Tanto que a Argentina vive um clima igual. Mas é, sim, produto da leniência das
leis e de um governo que não se preocupa com o patrimônio e a segurança
de seus cidadãos. Há tempos tenho dito que há uma guerra nas ruas.
Malfeitores vivem à SOLTA , ENQUANTO QUE OS CIDADÃOS SÃO DESARMADOS E SÃO
OBRIGADOS A GRADEAR SEUS LARES COMO SE ELES , CIDADÃOS, FOSSEM OS BANDIDOS.
Passear nas ruas após o escurecer,é um ato de temeridade.Nem mesmo os
filhos que vão à escola estão salvos da sanha dos salteadores e assassinos.
Mata-se por um par de tênis ou um fone ou um celular.O Estado organizado pune ?
Sim, quando a autoridade policial, desaparelhada, mal paga e despreparada
consegue descobrir quem cometeu o crime, o autor é indiciado, denunciado e
condenado. E aí ? O bandido recebe hospedagem (precária), goza do direito a
visitas íntimas e, se tiver com comportamento na prisão, em breve estará nas
ruas. Roubando, saqueando e matando. Se ele é esperto e orgaNIZADO, AGE AO LADO
DE UM “DE MENOR” DE 16 ANOS, QUE ASSUME TER SIDO DELE O DISPARO DO TIRO QUE
MATOU O CHEFE DE FAMILIA. O JOVEM PEGA 3 ANOS DE MEDIDA EDUCATI8VA (?) E VOLTA
às ruas com um pós-graduação na arte de delinquir.É pouco ? Até acho que é,
porque a matéria é tão complexa que comportaria centenas de páginas de exame
dos casos que o Brasil conhece. Vou limitar-me ao seguinte >: não há
salvação sem uma revisão profunda das leis brasileiras. O ECA DEVE ER REVISTO.
Ele foi elaborado com a salutar intenção de propiciar atendimento a
criança e ao adolescente. Hoje é protetor da bandidagem. Ao depois, é preciso
editar nova Lei de Execuções Penais. Tal como existe hoje, é facilitadora da
vida dos bandidos, que a conhecem melhor do que nós. Bandido condenado não pode
ficar ocioso. O Estado não tem que pensionar os que delinquem. Enfim, os
governos brasileiros e nisso englobo os três poderes, a OAB, o MP e as
entidades representativas de Magistrados, precisam dedicar espaço e tempo ao
estudo dessas graves questões. A continuar assim, em breve a baNDIDAGEM ESTARÁ
ENFRENTANDO NAS RUAS, AS FORÇAS POLICIAIS.
Um abraço a todos. Do Eliseu Torres