Minha série dos Scripta Philosophorum está restrita a quem ao menos leu o Curso de Filosofia do Regis Jolivet...hehehe
vamos ao texto do mestre magistrado Fetter:
------
Mesmo bem antes de chegar aos setenta já cogitava que esse negócio
de marchar contra a maconha – até por singela adesão aos interesses dos ianques
– sob alguns critérios mais inquisitivos, poderia demonstrar que se está, sim,
em plena marcha da insensatez... Algo inexplicável (será?) se robustece quando
se admite o comércio do tabaco, do álcool. E quejandos (de qual quejandos me hablas, cára-pálida? Do açúcar, vivente!.
Da farinha de trigo!).
Desse primeiro parágrafo o leitor poderia retirar a conclusão de
estar dedicado à leitura de um aficionado maconheiro. Faça bom proveito! Mas,
na realidade, quer-se dizer que, dentre tantas dúvidas – e, das coisas seguras,
a mais segura é a dúvida, disse-o B.Brecht – algo de sinistro deve se elevar
para impedir a cultura do cânhamo, semente a qual garante o mais fino e durável
cordame. A linha que há de produzir a mais natural, distinta e perene peça de
vestuário.
Não interessa ou motiva,
aqui, investir noutra argumentação. O objetivo, apenas, está limitado a
garantir que essas dúvidas – aquelas que tanto atormentam, quanto salvam. E
esclarecem, quando enfrentadas com coragem e polidas de preconceitos – merecem
e exigem, talvez, um mínimo incentivo. Corajosamente, em algumas situações.
Afinal, se um homem consegue se distanciar da cerveja (depois de alcançar a
glória de uma barriga bem fornida) nele não se haverá de identificar medos ou
possibilidades de fracassos quando lhe interessar o distanciamento desse ou
daquele hábito.
Deuses não habitam entre os humanos. Logo, ao insensato homem,
resta garantido, também, a glória do acerto. Para o erro, os círculos do
inferno já estabeleceram e reservaram a culpa.
Mais, avulta dispensável.
Atribui-se
a J.W.von Goethe, como últimas palavras, a expressão “Licht,
mehr licht”
(Luz, mais luz). Em vida, para quem, cria da planície, não socorre a
genialidade dos cultos, deve bastar que se garanta “dúvida, mais dúvida”.