quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

AINDA O MAIL CONTROVERSO DO DR. FRANKLIN - MAIL DE ROGÉRIO MENDELSKI

Antes de publicar o mail do Mendelski, quero dizer que tenho traumas de ser descendente de alemães. Na escola primária os  coleguinhas, filhos de  pessoas do centro do país, recém chegados  em Santa Cruz, onde em casa falávamos só alemão, nos chamavam de nazistas, de quinta-colunas, de nazistas. E só tínhamos 8 anos...que culpa tínhamos aos 8 anos?

Mas vamos ao mail do Mendelski

Ruy: O ilustre e respeitado Dr. Franklin Cunha participou da roda de amigos do teu blog. Levantou uma questão importante na comparação do Brasil com a Alemanha: a idade daquela civilização, erguida com todos os conflitos históricos por ele citados e a nossa, com pouco mais de 500 anos. Sem dúvida, uma tese digna de reflexão que nos leva a outras como o desenvolvimento do Japão e da Coréia, ambos destruídos por guerras, uma delas atômica. Sem querer discutir o avanço da medicina alemã (e ele cita os horrores nos campos de concentração), vale lembrar que a Coréia do Sul é o mais "jovem" país desenvolvido e rico que em 40 anos saltou de uma situação, digamos tanzaniana, para um patamar sueco. Tudo - rigorosamente tudo - baseado no investimento em educação. Por que o Brasil, mesmo com "apenas" 500 anos, não investiu em educação? Será que não poderíamos ser uma Coréia do Sul se nossos políticos não fossem ladravazes e se nosso sistema educacional ensinasse lições de cidadania, em vez de dotar nossas escolas com cartilhas que ministram aulas de homossexualismo e disseminam ódio infantil ao capitalismo e loas ao MST? O Maranhão não seria mais habitável se os Sarney estivessem banidos da vida pública? Ou o Brasil para crescer e se desenvolver vai precisar do determinismo histórico de passar por uma tragédia social (uma guerra de secessão, uma revolução sangrenta, uma invasão externa)? Somos (fomos) historicamente generosos com nossos imigrantes? Ou os largamos no meio da bugrada com meia dúzia de ferramentas e com o conselho: "Boa sorte, gringada e se virem..." Os núcleos de imigrantes cresceram e se tornaram grandes cidades pela cultura trazida do Velho Continente ou por que adotaram a já existe esperteza nacional? Será que acabar com a safadeza de nossas "lideranças" leva tanto tempo como levou a Alemanha? E as lições da História da Humanidade não foram oportunidades de se "queimar etapas" para atingirmos um patamar decente de civilidade?  Será que nossos "caldos culturais da pátria" são, efetivamente, os Marcolas, os Beira-Mares, os Delúbios, os Genoinos, as chuteiras, os editais fraudulentos, os embargos infringentes, os MCs, as novelas, o ECA,  as arenas da Copa que crescem na razão inversa dos hospitais, as lições do "você sabe com quem está falando"" que os detentos da Pedreira e do Central dão às nossas autoridades contrariando nossas leis e aplicando sumariamente a pena da morte, Amigo Ruy, que contribuição polêmica nos traz o médico e intelectual Dr. Franklin Cunha!  Com a devida vênia, queremos mais participação do Dr. Franklin!!!  Rogério Mendelski