PAULO NICOLA
Bah...........Viajei, senti-me
eu internado. Não imaginas o qto entendo o que escreveste...
Bjs..
Pablyto.
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CEVI COGO
É,
Ruy, os tempos antigos não foram fáceis, principalmente
para
os filhos de italianos e alemães... e, mais, ainda, para
quem
nasceu e se criou na colônia.
Escola
de a cavalo (12 kms. ida e volta), trabalho na roça...
calça
curta remendada com uma alça a tiracolo, pés descalços
ou
de tamanco, polenta, chá de mate... Banho na sanga, inverno e verão,
ou
apenas lavar os pés numa bacia ou gamela se o frio era demais.
O
gostoso era o pão novinho e o salame...
Mas,
são coisas que, REALMENTE, valeram a pena ter vivenciado,
porque
deixaram, via de regra, as pessoas com outra visão de vida,
do
dia-a-dia, sem espaços para ranços e sem esquentar a cabeça com
tudo
que é insignificante e que o mundo moderno reclama. A gente se
acostumava
com pouco e aceitava isso naturalmente.
Nostalgia?
Talvez sim...
Um
abração.
Ceví
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Boa
tarde!
Hoje
li sua história no Seminário de Kappesberg na coluna Conversa Sentada do Jornal
Gazeta do Sul.
Me
emocionei ao ler o texto, pois é como se eu tivesse lendo a minha própria
história. Também fiquei dois anos no colégio e entrei quando era muito pequeno.
Provavelmente sou um dos que chorava de noite com saudade de casa, mas com o
tempo fui me acostumando com a vida no seminário apesar de ter sido a fase
complicada da minha vida.
Fiquei
interessado em saber quais foram os anos em que você estudou lá, pois acho que
foi na mesma época que eu estudei.
Prezado Ruy
Acompanho tuas matérias através do Jornal Gazeta do
Sul e acho fantástica a narrativa, o enfoque dos assuntos e principalmente a
mensagem transmitida. Muitas vezes questiono-me sobre as agruras pelas quais
somos submetidos e nas palavras escritas em tua coluna vejo inspiração e
coragem para obter a determinação necessária para superação dos desafios.
Permita-me apresentar-me: meu nome é Geraldo Göttert,
tenho 52 anos, sempre morei em Sta. Cruz (excetuando 2 anos vividos em Porto
Alegre, quando estudei no Colégio Rosário, no final do segundo grau). Talvez
conheças meus pais, José Alfredo Goettert e Ilse Maria Goettert (também sua
leitora e amiga da sua mãe). Como somos do interior, cito meus avós paternos:
João Vicente Goettert e Alvina Maria Goettert e avós maternos: Antônio
Wilibaldo Eick e Olinda Eick. Trabalho há 26 anos no Banco do Brasil e
anteriormente trabalhei durante 10 anos na Comercial Zimmer-Goettert. Espero
transmitir para minha filha, agora com 13 anos um pouco da tua vivência e
ensinamentos.
Desconheço a existência de alguma obra onde os artigos
ora publicados já estejam disponíveis, solicito reserva dos mesmos e
alternativas para a aquisição. Caso ainda não tenhas nada compilado, sugiro a
impressão de livro para posterior venda. Será de grande auxílio para nossas
gerações futuras e excelente leitura para melhorarmos nosso Brasil.
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JORGE LOEFFLER
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JORGE LOEFFLER
Parabéns Ruy.
Eu já grandinho me internei numa escola pública vez sabia
quão custava ao meu pais mante-nos no Colégio Israelita Brasileiro. O velho
Rudolf aportou em nossa cidade e aqui decidiu viver. Havia se lançado ao mar
tão logo que terminou o horror enfrentado por minha avó Paulina e seus filhos
já que meu avô Oscar estava no front russo. Durante a última guerra mundial meu
tio Edmund que era paraquedista foi atingido por fogo inglês ainda no ar do que
resultou numa dificuldade de locomoção. Levado para um campo de prisioneiros em
Bari bem ao sul da Itália lá permaneceu como prisioneiro de guerra até o final
de 1947. O pai mandava, via Cruz Vermelha, café, açúcar, roupas e outros itens
à cunhada que vivia em München com meu primo Horst. Terminada a guerra nossa casa
virou alvo de disparos de arma de fogo por vizinhos que consideravam meu pai um
quinta coluna. Resultou daí que eu e meu irmão Henrique, já falecido não
aprendemos o idioma, pois daquela data em diante nosso pai jamais falou o
idioma alemão.Quando chegou a idade do ginásio fomos matriculados no Israelita,
excelente diga-se de passagem, mas muito caro ao nosso padrão de vida o que
levou à Escola de Mestria Agrícola Canadá em Viamão, internato patrocinado pelo
Estado. Hoje vemos ser empurrada goela abaixo ao nosso povo a cultura
castelhana de fronteira como sendo a verdadeira cultura de nosso estado e os
ignorantes que desconhecem o estado que graças aos imigrantes em sua parte
norte é riquíssimo ao passo que a metade sul é ainda feudal. O Rio Grande devia
ser agradecido a germanos, italianos e outras etnias que fizeram a pujança da
parte norte do nosso estado.