Nossa querida comunicadora ( Rede Pampa), Psiquiatra e intelectual, nos manda um mail :
Prezados “todos”:
Sou mulher e já ouvi desaforos do tipo “vai encostar teu umbigo no fogão”, pois
onde já se viu discutir assuntos de futebol? O delicado senhor que me dirigiu
tais desaforos, posteriormente, pediu desculpas, mas não as aceitei. Tive a
audácia de corrigir um engano na sentença de um juiz paulista, no caso
Richarlyson, onde o magistrado citou o Hino do Inter (“Celeiro de Ases”) para
provar que futebol é um esporte viril. De forma errônea, escreveu “olhos
onde surge o amanhã”, mas o correto é “correm os anos, surge o amanhã”.
Minha observação foi publicada no “Espaço Vital”, onde eu disse que até mesmo
Kleiton & Kledir cantavam errado o hino. E a RBS, talvez por sua diretoria
gremista, coloca a versão mais horrorosa do belo hino, cantada pelo coro da
“K-Tel”, quando a gravação original e a mais bonita foi gravada por Jorge Goulart.
Tal fato desencadeou a ira dos machos, que me dirigiram as mais terríveis
ofensas. Mas eu os calei, um a um, colocando a letra original, datilografada
por seu autor, Nelson Silva, disponível no site do clube. E ainda disse que
inteligência não tem sexo.
Diante do impacto da coisa, ZH publicou uma matéria no jornal de domingo e,
posteriormente, publicaram a letra correta com minha foto ao lado. Dei o troco
à altura.
Fernandão é um erudito no meio de homens de Neanderthal. Certamente, por ser
diferenciado, sofreu os boicotes que, agora, vêm à tona. Mas será nosso eterno
ídolo. Um tipo inesquecível.
Abraços,
Laís Legg