domingo, 9 de setembro de 2012

REFLEXÕES DE LAIS LEGG

Essa mulher destacada, psiquiatra, intelectual, comunicadora, brinda-nos com mais algumas e sérias relexões:


"Continuando nosso delicioso papo virtual , digo que o código genético é mais influente do que o meio. Somos uma combinação bio-psico-social (código genético, este imperante, os impactos psíquicos de nossa trajetória existencial e a camada social onde estamos inseridos). Mas código genético não é determinismo, a genética propõe e a vida dispõe.

 

As mudanças que ora nos estarrecem decorrem de um simples fato: pela primeira vez na história, são os jovens (até as crianças) que ensinam os pais. O avanço tecnológico muito rápido, a informática, os controles-remotos, etc, inverteram, precocemente, a ordem natural das coisas. Hoje, dependemos dos filhos para muitas atividades, é ou não é? E nunca foi assim, durante muitos séculos. Esta inversão talvez tenha criado, na mente dos jovens atuais, uma falsa ilusão de que estão prontos e não há o que aprender com a geração mais velha,  pois eles sabem tudo. Como os hormônios estão fervilhando e o hedonismo é imperioso, o resultado está aí.

 

Alguém ainda acredita que os jovens irão namorar, de mãos dadas, como fazíamos? Já que estamos “musicais”, lembram da música “A praça”, de Carlos Imperial, cantada por Ronnie Von? “Hoje eu acordei com saudade de você, beijei aquela foto que você me ofertou, sentei naquele banco da pracinha só por que foi lá que começou o nosso amor”. Pois não há mais foto para beijar, está tudo no smartphone ou no Facebook. Não há mais idas à pracinha, pois ela está tomada de usuários de “crack”. O pipoqueiro já era, pois temos pipocas de microondas.

 

Recentemente, uma escola muito importante de Porto Alegre abrigou um fato estarrecedor: devido aos furtos de livros da biblioteca, a escola instalou câmeras no local. Mas o que conseguiu flagrar foi uma aluna DE TREZE ANOS praticando sexo oral num colega de também treze anos. Escândalo deflagrado, pais chamados, Ministério Público idem, o garoto alvo do “felatio” declarou que estava espantado de ouvirem só a ele, pois a menina já havia feito a mesma coisa com todos os colegas de sua classe. Agora, voltem seus pensamentos, novamente, para a letra da música “A praça”. É possível que esta menina namore à moda antiga, já que, aos treze anos, já tem mestrado e doutorado nas práticas sexuais?

 

Concluíndo, eu desconheço a saída do caos que estamos vivendo. Fico feliz de não ter mais filhos pequenos e acho que a escola, outrora reduto de saber e respeito, hoje, ao meu ver, é um local onde sabe-se lá com quem nossos filhos irão conviver.

 

Abraços,
Laís"