domingo, 3 de junho de 2012

AINDA O AFFAIRE GILMAR - LULA, CONSIDERAÇÕES DE ROGOWSKI




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Estimado amigo, grande Ruy Gessinger, não só no manequim, mas grande Advogado que é, grande Magistrado que foi, além de sábio, simples; caríssimo Juiz Newton Luís Medeiros Fabrício, ilustríssimo cidadão Santoangelense e com raiz ancestral na Bossoroca, antigo distrito de São Luiz; Ilustríssimo Juiz Cândido Alfredo Silva Leal Junior que dividiu comigo as dores do processo do CASO DAS MÃOS AMARRADAS ajudando-me a carregar tamanho fardo e que também, generosamente, me honra gastando seu precioso tempo comigo na troca de idéias sobre informatização da justiça (processo eletrônico) e outros temas jurídicos; e Juiz Gerivaldo Neiva meu amigo virtual no Facebook e de quem sou leitor assíduo (www.gerivaldoneiva.com).

Peço licença a todos para convidar para esse dialogo o dileto amigo, Desembargador Alfredo Foerster, meu parceiro em tantos colóquios filosóficos e teológicos e que, por uma questão de lealdade, não posso deixá-lo de fora dessa.

Aos saudá-los cordialmente inicio parabenizando ao Dr. Newton pelo excelente PELEANDO CONTRA O PODER (http://peleando.net/index.php?p=532)  e confirmo que o Rael é o meu garoto, o orgulho do papai (beijo filhão).

Sobre o episodio envolvendo o Ministro do STF e o ex-presidente da república, faço minhas as palavras do Ruy quando disse: “... de propósito não quis saber nada desse triste ‘imbróglio’ que embrulha meu estômago.”

Comecei cedito na profissão, lá se vão 31 anos, e me acostumei desde sempre a ver os Magistrados como algo muito próximo à figura dos santos, claro que ninguém é perfeito, nem mesmo os santos o foram, mas me refiro à honradez, a dignidade, a pureza e a firmeza de caráter.

Ministro do STF então, para mim e para os Advogados da minha geração, era algo realmente sacro, acima de qualquer suspeita. Nem mesmo os generais que governaram a partir de 1964 se atreveram em “mexer” com os integrantes daquela Corte de Justiça.

Mesmo sendo Advogado e sem qualquer restrição de ordem legal, nunca me filiei a nenhum partido político a fim de preservar minha independência profissional. Se um dia vier a me filiar a algum partido, deixo a advocacia. 

Por isso, me sinto à vontade para criticar essa ou àquela agremiação política, como esse partido dito dos trabalhadores, que durante décadas esforçou-se por “vender” à opinião pública uma imagem de "templo das vestais", mas depois que assumiu o poder, as coisas começaram a mudar.

Nunca se viu neste país tanta corrupção quanto nos dois últimos mandatos presidenciais, e o presidente só sabia dizer que não sabia de nada!

Ele nomeou oito ministros para o STF, assim deve se achar no direito de obter algum privilégio.

A magistratura mudou muito também nos últimos anos abrindo a guarda, a impressão que me dá às vezes, é que está virando um “bico”, já que há juízes e promotores por aí, na ativa, perseguindo o estrelato, se tornando celebridades na mídia e até apresentando programas televisivos e radiofônicos, me desculpem, mas não acho isso certo!

Sem falar em alguns juízes novatos, uma gurizada que é facilmente encontrada nas sextas-feiras bebendo todas nos barzinhos da moda.

Algo está errado!

Quem escolhe essa profissão deve saber que está optando por um sacerdócio e neste sentido, deve estar preparado para fazer renúncias, viver uma vida sóbria, claro que integrado à comunidade como qualquer outro cidadão, porém, com a devida discrição e comedimento.

O caos impera nas instituições, o Estado inchado com tantos cargos de confiança, a carga tributária brutal, o tratamento desumano na saúde pública, a total ausência de segurança pública, educação precária e por aí vai.

No artigo "A Maçonaria e a Revolução Farroupilha" falo da minha “tristeza por ver que quase duzentos anos se passaram e não atingimos na plenitude os objetivos da revolução farroupilha. Continuamos com exagerada concentração de poder pelo governo central, com enorme centralização tributária e das decisões políticas. A carga tributária nunca foi tão brutal como é hoje, em torno de 40% do PIB, 80% da arrecadação fica nas mãos do governo federal. Basta lembrar que além da revolução farroupilha também a inconfidência mineira liderada por Tiradentes se insurgiu contra a carga tributária quando era mísero 1/5 do PIB (o quinto dos infernos). A educação e a saúde pública ainda são deficitárias em nosso estado. Nossos portos, aeroportos e estradas são ruins. Produzimos muito e temos dificuldades de escoamento dessa produção pela falta de infra-estrutura.”

Esta semana respondendo a uma mensagem do Professor Padilla da Faculdade de Direito da UFRGS eu lhe disse: “Nada disso me causa espanto, há muitos séculos as profecias bíblicas já alertavam para tais ocorrências que tem a ver com o final de um ciclo civilizatório e o início de outro e o traumático e caótico período de transição entre ambos. As profecias falam de muito sofrimento, dor, desgraças e destruição, mas não apenas disso, falam também de ESPERANÇA, de uma nova ordem mundial, um novo tempo de bênçãos e maravilhas para a humanidade.

Mantenhamos nossa fé!

Deus abençoe a todos.

Fraternal Abraço

ROGOWSKI