-----------------------------
Estimado
amigo, grande Ruy Gessinger, não só no manequim, mas grande Advogado que é,
grande Magistrado que foi, além de sábio, simples; caríssimo Juiz Newton
Luís Medeiros Fabrício, ilustríssimo cidadão Santoangelense e com raiz
ancestral na Bossoroca, antigo distrito de São Luiz; Ilustríssimo
Juiz Cândido Alfredo Silva Leal Junior que dividiu comigo as dores do processo do CASO
DAS MÃOS AMARRADAS ajudando-me a carregar tamanho fardo e que também,
generosamente, me honra gastando seu precioso tempo comigo na troca de idéias
sobre informatização da justiça (processo eletrônico) e outros temas jurídicos; e
Juiz Gerivaldo Neiva meu amigo virtual no Facebook e de quem sou leitor assíduo
(www.gerivaldoneiva.com).
Peço
licença a todos para convidar para esse dialogo o dileto amigo, Desembargador
Alfredo Foerster,
meu parceiro em tantos colóquios filosóficos e teológicos e que, por uma
questão de lealdade, não posso deixá-lo de fora dessa.
Aos
saudá-los cordialmente inicio parabenizando ao Dr. Newton pelo
excelente PELEANDO CONTRA O PODER (http://peleando.net/index.php?p=532) e confirmo que o Rael é o meu garoto, o orgulho do papai
(beijo filhão).
Sobre o
episodio envolvendo o Ministro do STF e o ex-presidente da república, faço minhas as palavras do Ruy quando disse: “... de propósito não quis saber nada desse
triste ‘imbróglio’ que embrulha meu estômago.”
Comecei cedito na
profissão, lá se vão 31 anos, e me acostumei desde sempre a ver os Magistrados
como algo muito próximo à figura dos santos, claro que ninguém é perfeito, nem
mesmo os santos o foram, mas me refiro à honradez, a dignidade, a pureza e a
firmeza de caráter.
Ministro
do STF então, para mim e para os Advogados da minha geração, era algo realmente
sacro, acima de qualquer suspeita. Nem mesmo os generais que governaram a
partir de 1964 se atreveram em “mexer” com os integrantes daquela Corte de
Justiça.
Mesmo
sendo Advogado e sem qualquer restrição de ordem legal, nunca me filiei a
nenhum partido político a fim de preservar minha independência profissional. Se
um dia vier a me filiar a algum partido, deixo a advocacia.
Por
isso, me sinto à vontade para criticar essa ou àquela
agremiação política, como esse partido dito dos trabalhadores, que
durante décadas esforçou-se por “vender” à opinião
pública uma imagem de "templo das vestais", mas depois que
assumiu o poder, as coisas começaram a mudar.
Nunca se
viu neste país tanta corrupção quanto nos dois últimos mandatos presidenciais,
e o presidente só sabia dizer que não sabia de nada!
Ele
nomeou oito ministros para o STF, assim deve se achar no direito de obter algum
privilégio.
A
magistratura mudou muito também nos últimos anos abrindo a guarda, a impressão
que me dá às vezes, é que está virando um “bico”, já que há juízes e
promotores por aí, na ativa, perseguindo o estrelato, se tornando celebridades
na mídia e até apresentando programas televisivos e radiofônicos, me desculpem,
mas não acho isso certo!
Sem
falar em alguns juízes novatos, uma gurizada que é facilmente encontrada nas
sextas-feiras bebendo todas nos barzinhos da moda.
Algo
está errado!
Quem
escolhe essa profissão deve saber que está optando por um sacerdócio e neste
sentido, deve estar preparado para fazer renúncias, viver uma vida sóbria,
claro que integrado à comunidade como qualquer outro cidadão, porém, com a
devida discrição e comedimento.
O caos
impera nas instituições, o Estado inchado com tantos cargos de confiança, a
carga tributária brutal, o tratamento desumano na saúde pública, a total
ausência de segurança pública, educação precária e por aí vai.
No
artigo "A Maçonaria e a Revolução Farroupilha"
falo da minha “tristeza por ver que quase
duzentos anos se passaram e não atingimos na plenitude os objetivos da
revolução farroupilha. Continuamos com exagerada concentração de poder pelo
governo central, com enorme centralização tributária e das decisões políticas.
A carga tributária nunca foi tão brutal como é hoje, em torno de 40% do PIB,
80% da arrecadação fica nas mãos do governo federal. Basta lembrar que além da
revolução farroupilha também a inconfidência mineira liderada por Tiradentes se
insurgiu contra a carga tributária quando era mísero 1/5 do PIB (o quinto dos
infernos). A educação e a saúde pública ainda são deficitárias em nosso estado.
Nossos portos, aeroportos e estradas são ruins. Produzimos muito e temos
dificuldades de escoamento dessa produção pela falta de infra-estrutura.”
Esta
semana respondendo a uma mensagem do Professor Padilla da Faculdade
de Direito da UFRGS eu lhe disse: “Nada disso me causa espanto, há muitos séculos
as profecias bíblicas já alertavam para tais ocorrências que tem a
ver com o final de um ciclo civilizatório e o início de outro e o traumático e
caótico período de transição entre ambos. As profecias falam de muito
sofrimento, dor, desgraças e destruição, mas não apenas disso, falam também
de ESPERANÇA, de uma nova ordem mundial, um novo tempo de bênçãos e
maravilhas para a humanidade.”
Mantenhamos
nossa fé!
Deus
abençoe a todos.
Fraternal
Abraço
ROGOWSKI