quarta-feira, 21 de setembro de 2011
COMENTÁRIO DE MENDELSKI
Ruy, na verdade me parece que tudo virou folclore.Os desfiles do carnaval, as oktoberfestes da alemoada, as festas viníferas da gringada são iguais em todo mundo (Mardi Grass em New Orleans, Bal Masqué de Veneza e tantas festas como as dos yankees festejando a vitória da Guerra da Secessão e dos sulistas festejando as derrotas - lembram os farrapos). O único diferencial em tudo é que cantamos com exagero as nossas retiradas estratégicas, nossas conquistas territoriais e a repetição do lugar-comum (forjamos um território a ponta de lança e casco de cavalo). Sinceramente, não somos melhores do que ninguém aqui no Brasil, apenas sabemos votar "um pouco menos pior" do que os maranhenses. Claro está que sabemos cantar o nosso hino, mas puxa vida!, aprendemos a cantá-lo nas aulas de Canto Orfeônico, assim como o Hino Nacional, o Hino da Independência e o Hino do Expedicionário. Todos vinham com suas letras na contracapa dos cadernos "Avante!". mas o problema maior está na midiatização dos eventos e aí entra o efeito manada. A RBS se adonou dos nossos eventos. É ela quem diz o que devemos fazer na Expointer, no inverno em Gramado, no veraneio em Atlântida, no Acampamento Farroupilha . Estamos "vendendo" para o resto do Brasil esse "orgulho" de ser gaúcho nas camisetas, nos adesivos (Rio Grande, meu país!). Quem se orgulha de algumas coisas do nosso estado não precisa de afirmação diária, repetitiva e, por isso mesmo, se transforma um sentimento natural em soberba, orgulho, jactância e, obviamente, viramos galhofa para o resto do Brasil. Até os catarinas já nos gozam. Por enquanto é isso. E Viva Búziuuss!!