No momento em que você assume um cargo público tem que saber que devem ser respeitados os princípios de hierarquia, galas e liturgias do cargo etc.
Vamos dar um exemplo: João é servidor da Polícia Federal, cumpre seu horário de expediente mas, depois, enche a cara de cerveja e vocifera , lá na Cidade Baixa, num bar, contra o atual estado de coisas. Ele está emitindo uma opinião pessoal e não está em missão policial. Todavia tal proceder feriria o ótimo conceito que todos temos dessa instituição.
A servidora do TRF4 foi absolutamente imprudente e, desnecessariamente causou tumulto na nossa já combalida e desnorteada sociedade. Enquanto os Desembargadores mantém-se discretos e elegantes não dando um pio sobre como vão votar, a servidora procede temerariamente soprando nas brasas quase cinzas do assunto.
O Presidente do TRF, neto do grande Ministro do STF, já falecido, Thompson Flores, optou por não dar maior relevância ao fato de ela postar nas redes sociais matéria que deixa à calva seu ativismo, o que não condiz com o serviço judiciário. Pouco importa que não seja juíza. Ela trabalha num Tribunal e teria que manter a discrição. Tudo o que nos falta agora é que funcionários dos gabinetes judiciais comecem a dar opiniões sobre processos nas redes sociais.E diga-se: a quase total maioria mantém-se discreta.
Não sei não se isso não foi fogo amigo.