Aproprio-me do título do belo livro de Liv Ullmann para algumas reflexões.
Conheço gente que tem pavor do novo; que vive uma vida no raio de 10 kms e é feliz. E lhes dou razão. Importante é se respeitar e ser venturoso. E acatar o modo de vida dos outros.
Olhando um pouco para o passado, constato um balanço positivo. Uma infância feliz. Bons colégios, vida normal. Mudança para P. Alegre , cursar o Direito da UFGRS. Concursos. Advocacia. Concursos. Outras cidades: Horizontina, Arroio do Meio, Soledade, Santiago, Ijuí, São Leopoldo, Santiago de novo, Unistalda, Porto Alegre de novo.
No meio disso Freiburg, Zeltingen Rachtig, metade do mundo.
A vida bucólica, mas dura, da pecuária.
Mutações, Wandlungen, do charolês para zebu; dele para Angus, daí para Brangus. Gado geral e cabanha. Mais cavalos e ovelhas, estas começando com Ideal e mutações para Ile de France. Prêmios e prêmios.
E os quilômetros aumentando a cada viagem para o campo. Me entendem? São 550 kms de estrada só de ida. Na volta, os 550 kms tinham se transformado em muito mais.
E tempo para escrever, para ler? Para viajar, para ver filhos e netos?
E o tênis? e o violino?
E o futuro ótimo? Daria para prosseguir modernamente sem consorciar soja com pecuária? Teria bala para tanto? Talvez sim.
E a que custo de vida?
A gente tem que reconhecer suas limitações.
Santiago e Unistalda sempre terão um lugar de honra no meu coração.
Lugares únicos, belos, boa gente.
Se eu não soube bem compreender algumas peculiaridades, peço minhas mais sentidas escusas.