Tomei para mim a árdua tarefa de fazer com que
alguns jornalistas pronunciem, corretamente, o nome do mosquito (falam metade
certo, metade errado). O dígrafo “ae”, em Latim, pronuncia-se “ê”. Então, como
é que alguns jornalistas pronunciam “AÉDES EGIPTI”????? O
“ae” está presente no início das duas palavras, tanto em “Aedes” quanto
em “Aegypti”.
Dei-me ao trabalho de exemplificar com “Caesar”,
“Curriculum vitae”, “taenia”, “laetitia”, “saeculum”, etc, etc, etc. Pelo menos
na Rede Globo já surtiu efeito.
No sábado, vi Patrícia Poeta entrevistar um
médico que falava corretamente, mas ela insistia em falar errado. Quando chamou
a Síndrome de Guillain-Barré de “guilân-barrê”, joguei a toalha. Pacientemente,
expliquei que, no caso, o som dos dois “LL” têm o som de dois “ii”, ou seja,
diz-se “GUI-IAN-BARRÊ”. Será que ela diz “reveilôn” quando lê a palavra
“reveillon”?
Depois que vi Chico Buarque dizer que discorda
quando dizem que a música brasileira piorou muito com o funk, axé e outros,
pois, segundo ele, a Bossa Nova foi imposta pela elite que morava na zona sul,
obrigando o proletariado a aceitá-la, nem sei mais o que pensar. Concluiu ele
que a democracia fez com que o gosto da maioria prevalecesse sobre a elite
dominante. Pode? Deve ser pelo mesmo motivo que ninguém mais se arruma ou
capricha no visual.