Bem colocado, estimados Ruy e Hermes. Precisamos sair dos
limites de nossa aldeia para penetrarmos no mundo do outro, para abrirmos
nossos olhos e entendermos melhor o nosso próprio. Viajar para sorvermos da
fonte da vida. Para isso - concordo com vocês - também aconselho que se o
faça solitariamente ou na companhia de um afeto. Desaconselho viagens em
grupos, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Passa-se muito
rapidamente de um lugar a outro e dificilmente se consegue mergulhar na alma de
um lugar.
Viajar é como a leitura de um livro: uns estudam cada
página, param para se deterem mais longamente em algumas, para se deixarem
envolver pelo conteúdo, para divagar, para penetrar nas profundezas; outros
apenas folheiam o livro, passam distraidamente pelas páginas, fazem leitura
superficial e do todo apenas levam consigo impressões.
Da Alemanha meu fraterno abraço a todos
Lissi Bender