Eu recém fora promovido a P. Alegre. Meu amigo Ivo Gabriel da Cunha, juiz eleitoral em P. Alegre, me convidou para o auxiliar no procedimento de apuração dos votos no Gigantinho. Anos 80.
Votação em papelzinho colocado na urna.
No Gigantinho miles de mesas com escrutinadores, geralmente funcionários públicos. Abria-se o malote com os votos e se os despejavam sobre a mesa. E dê-lhe contar manualmente. Em redor das mesas, os fiscais dos partidos. O PT recém engatinhava. Fazia dois ou 3 votos por urna.
E assim ia a coisa. Até que meu amigo de infância André Cecil Forster,já falecido, do MDB, me sussurrou:
- o Simon deu uma entrevista reconhecendo a derrota para o Jair Soares , do PDS e se mandou para Rainha do Mar,
Os fiscais do Simon debandaram. E a apuração continuou...
Ficaram só os do PT e os do dr. Jair.
Bem no fim a diferença não foi tão grande.
O que deu para a gente garantir de lisura da apuração a gente fez.
O que deu...
Até hoje fico matutando: o que ganham os que reconhecem a derrota antes do tempo?
Naquela época era fácil, muito fácil manipular os mapas....