segunda-feira, 28 de julho de 2014

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL - TEXTO E POESIA DO REVERENDO SILVIO MEICKE


 

Prezado Ruy.

Mais uma vez, vejo que tens amor

pelas múltiplas manifestaçoes da

natureza e fazes tua parte para preservá-la.

Considero isso altamente louvável.

Nos últimos anos, tive oportunidade de

visitar o nosso País de Norte a Sul, de Leste

a Oeste, sempre em companhia de alemaes

que queriam conhecer o Brasil. Vi lavouras de

dimensoes gigantescas onde uma única planta,

genéticamente manipulada e resistente aos

venenos, pode crescer; onde todas as outras

plantas, tidas como inço ou erva má, devem

morrer; onde todos os seres que se mexem, cantam

ou sibilam sao vistas como pragas e também devem

morrer. Depois constatei que esse método de plantio

chegou também às pequenas propriedades familiares,

inclusive em uma propriedade, na qual eu buscava, na

companhia de meus pais, carroçadas de pasto verde e 

nativo para nossas vacas leiteiras (dente de leâo, serralha,

trevinho amarelo, trevo verde, nabo nativo e outras). Faz

alguns meses, li que uma megaempresa química globalizada,

da Suíça, premiou seu "manager" com um bônus natalino de

50 milhoes de Euros por ter aberto o mercado para seus produtos

agrotóxicos no Brasil. Li também que certas empresas globalizadas

estabelecem cotas para seus vendedores e, os que atingem essas

cotas de venda, sao premiados com viagens ou outras recompensas. 

 

Para dar vazâo à minha dor, formulei as rimas que te mando abaixo.

 

Abraço. Silvio Meincke.

 

 

O murmúrio das vertentes

Nas ladeiras da colina

Cantoria de saracuras

Nas ramadas da campina

O labor do Joao de Barro

O arrulho da pombinha

Balbuciam a oraçao

Pela paz na criaçao

 

O rugir da cachoeira

O silêncio do remanso

Os segredos da floresta

E a fera em descanso

Muitas plantas nas lavouras

Mil cantares entre as flores

Balbuciam a oraçao

Pela paz na criaçao

 

O suspiro da saudade

Galanteios e rumores

O espanto da surpresa

O sussuro dos amores

Cada fôlego de vida

Cada flor que desabrocha

Balbucia a oraçao

Pela paz na criaçao.

 

Alimento esperenças

De ver cada   aahh!  de vida

Alcançar sua formosura

Com espaço e guarida

O seu próprio  oohh!  de ser

Seu direito de viver

Essa é minha oraçao
Pela paz na criaçao.