Ruy, só agora vi a
tua mensagem pedindo "auxílio" sobre aqueles m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s
exemplos de ética e honestidade de pessoas humildes que não sentaram no teu
banco e nem levaram as bolas usadas de tênis. Tais comportamentos humanos se
completam independentemente de posses materiais (o velho dualismo rico x
pobre). Quem é ético é, por consequência, honesto e vice-versa. Não sentar no
"teu" banco e nem levar as bolas de tênis sem permissão do provável
dono são aulas práticas de decência - não essa decência formal de cartilhas
sociológicas e acadêmicas - mas aquelas que trazemos de casa, sim da nossa
casa, onde pai e mãe nos ministravam a lição diária de "não pegar o que
não nos pertence". É claro que os tempos mudaram e até o honestíssimo
presidente Lula tentou mudar alguns desses conceitos quando se manifestou sobre
um empregado dos serviços gerais do Aeroporto de Brasília que encontrou uma
maleta com US$ 10 mil de um turista suiço e a devolveu imediatamente.
Lula cumprimentou o trabalhador, mas admitiu "que o que é achado não é
roubado." Ficou a duvida: se Lula fosse o faxineiro, em outros tempos,
teria devolvido o dinheiro? A propósito: o faxineiro disse apenas
"não quero o que não é meu". Tenho certeza que o faxineiro de
Brasília também pediria licença para sentar no banco e para levar a embalagem
com as bolas usadas. Já os poderosos mensaleiros...
Rogério Mendelski