segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

AINDA AS BOLINHAS DE TENIS - ROGÉRIO MENDELSKI ENTRA NO DEBATE

Ruy, só agora vi a tua mensagem pedindo "auxílio" sobre aqueles m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s exemplos de ética e honestidade de pessoas humildes que não sentaram no teu banco e nem levaram as bolas usadas de tênis. Tais comportamentos humanos se completam independentemente de posses materiais (o velho dualismo rico x pobre). Quem é ético é, por consequência, honesto e vice-versa. Não sentar no "teu" banco e nem levar as bolas de tênis sem permissão do provável dono são aulas práticas de decência - não essa decência formal de cartilhas sociológicas e acadêmicas - mas aquelas que trazemos de casa, sim da nossa casa, onde pai e mãe nos ministravam a lição diária de "não pegar o que não nos pertence".  É claro que os tempos mudaram e até o honestíssimo presidente Lula tentou mudar alguns desses conceitos quando se manifestou sobre um empregado dos serviços gerais do Aeroporto de Brasília que encontrou uma maleta com  US$ 10 mil de um turista suiço e a devolveu imediatamente. Lula cumprimentou o trabalhador, mas admitiu "que o que é achado não é roubado." Ficou a duvida: se Lula fosse o faxineiro, em outros tempos, teria devolvido o dinheiro?  A propósito: o faxineiro disse apenas "não quero o que não é meu". Tenho certeza que o faxineiro de Brasília também pediria licença para sentar no banco e para levar a embalagem com as bolas usadas. Já os poderosos mensaleiros...
Rogério Mendelski