Com a decisão do PDT de concorrer em faixa própria, ficou tudo em aberto.
Não me impressino com os 4% iniciais de Vieira da Cunha nas pesquisas.
Hoje quem decide a eleição é a TV.
Conheço pessoalmente os três postulantes.
Em comum eles têm uma vida ilibada. São pessoas corretas.
Vou dar minha opinião, que pode ser acertada ou não, mas é o que penso.
Tarso foi mal na Segurança Pública e a responsabilidade é só dele, os secretários e policiais têm que cumprir ordens. Tarso está preso umbilicalmente aos seus postulados filosóficos que nem na Noruega vingam mais. Mas eu o compreendo: ele quer ser fiel à sua História.
E no mais, foi regular, não mais que isso. E creio que poderia ter sido melhor, dada sua relação com o Governo central.
Vieira da cunha é meu parcceiro de mesa no Pampa Debates. Procurador de Justiça, é fiel às suas convicções. Apesar de membro do Ministério Público, tenho minhas dúvidas sobre suas crenças a respeito de Segurança Pública. Conhece o agronegócio, é bem articulado e muito, mas muito lido, estudado e inteligente. Vai ter um puxador de votos na campanha que é o Lasier. Este tem um baita recall do seu tempo de RBS e palestras no interior. Penso que a eleição para o Senado está corrida, mesmo que Simon concorra . Nenhum dos demais pré-candidatos tem sua cancha na telinha.
Ana Amélia teve uma bela atuação no Senado, conquanto haja , dentro do PP, gente que se queixe do seu jeito meio aristocrático de movimentar-se.
Ainda mantém vivo seu recall de imagem da TV e tem a seu lado quase todo o agronegócio. Penso que seu anterior apoio a Manoela não lhe causou prejuízos no PP. Ao contrário, de inhapa, afagou setores de esquerda que, na falta de outra opção, poderiam votar agora com ela. Rememore-se que o PP, conquanto fraco nas grandes cidades, tem um eleitorado fanático nas pequenas e médias. Se ela prometer firmeza e decisão na área da Segurança e conseguir que Dilma não se intrometa demais na campanha gaúcha, vai, no mínimo, para o segundo turno.
Tarso já amansou preventivamente o PDT, dizendo que não vê divergência com a decisão de ir com candidato próprio - isso com vistas a não fechar as portas para o segundo turno.