Iniciemos por ler o que diz a Wikipedia:
Muitos consideravam Hirohito um criminoso de guerra, um oficial dos Aliados chegou à discursar dizendo que Hirohito "havia levado o Japão à Guerra de forma ainda mais ditatorial que o próprio Hitler", porém o povo apelou, uma vez que consideravam o imperador um deus, seria inadmissível para eles que Hirohito fosse julgado por crimes de guerra, chegando até em mencionarem uma revolta caso isso ocorresse, então, os governos aliados permitiram que ele permanecesse no trono após a guerra;
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Dúvida não há que o Imperador concordou com a guerra etc e tal.
Hitler sabia que destino teria, então tomou veneno e se deu um tiro, previamente aconselhado onde atirar, pelo seu médico. Mussolini e sua namorada foram linchados.
Hirohito, como era deus, foi preservado.
Difícil entender tudo isso.
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No duro no duro o imperador teria que ser julgado, junto com seus generais e assessores, como o que aconteceu naquela pantomima de Nuremberg. Essa é a lógica dos vencedores. Assim foi com Saddam, que errou ao não se matar tão logo invadiram o Irak. Nem o deixaram terminar a discussão com seu carrasco.
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Essa tal a Teoria do Domínio do Fato que eu, por ler e falar alemão, estudei, mas que no Brasil não foi bem compreendida , na real não foi aplicada num espectro bem amplo, pois do contrário haveria problemas, para dizer o menos.
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Mas o Imperador do Japão foi preservado.
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E por que estou escrevendo isso?
Por que lembrei de um processo em que defendi uns réus que eram de um terceiro escalão. Improbidade administrativa. No duro no duro eu pensava que junto com eles teria que ir mais gente.
Mas foram só eles. Menos mal que , em grau superior, consegui sua absolvição.
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Na minha inocência e pureza entendo que sempre se deve ir até o fim, mas nunca aderindo à responsabilidade penal objetiva.
Mas indo até o fim.
Sei que fui muito hermético. Não aceitarei embargos declaratórios a esta post.