Consta que os invasores alegaram:
- vocês não nos representam;
- temos uma pauta para a qual vocês fazem ouvidos moucos.
Por isso,vamos virar a mesa como todo mundo está fazendo.
Para esse agir, sentem-se legitimados a:
- não obedecer a leis e regramentos com os quais não se sentem conformados e que estão aí para privilegiar os ricos e os corruptos
O eminente Presidente da Câmara os recebeu com pompa e circunstância e, para fazer coerência com sua história, lhes teria dito:
- vocês têm legitimidade ( tem outorga de mandato inominado dos grupos que representam) e queremos ouvi-los,
Consta, também, que os invasores tomaram o lugar, dominando portas, cubículos, chaves e coarctaram o direito de ir e vir de quem quer que fosse.
Ainda magnânimo o Presidente que corria para lá e para cá, com baldes d'água, querendo apagar o incêndio. tomou um empurrão e rolou escadas abaixo.
Não conseguindo mais raciocinar em termos lógicos dentro desse caos, foram em busca do Estado Juiz, lembraram-se da lei.
O Juiz mandou os invasores sairem.
Se eles não quiserem, vão ter que chamar a Brigada.
Se os invasores resistirem alguém vai sair arranhado.
Os culpados serão os policiais, fora de qualquer dúvida. e o pior, se não agirem, poderão levar ferro por omissão.
Então, o que está ocorrendo?
Permeou-se num sentimento geral, que lei é balela, que política é sujeira e que todos somos otários.
Daí, creio,a impaciência e a quebra de paradigmas.
A sociedade está com gripe A ou outra grave infecção. Está com febre e tem espasmos.
Acredito que só se acalmará depois muitas convulsões, com muitas perdas.
Ou, se as coisas tomarem um rumo em que se veja uma luz e que volte a fé.