segunda-feira, 6 de maio de 2013

GEADA - MAIL DE ELISEU TORRES


Guri de oito anos. Chavarria, localidade de Corrientes, República Argentina. Freio na mão, alpargatas e um bom casaco, alí vai o garoto, quebrando a geada inclemente do in verno correntino,  varando o potreiro atrás do malacara para juntar os bois para los arados. O desgraçado do malacara, um zaino enorme, era louco de tão manso. Deixava chegar junto a ele, mas quando ia passar a rédea no pescoço, deitava a correr e escapulia cinquenta metros. E lá ia o guri, furioso, atras do cavalo fujão. Na segunda ou terceira tentativa, ele se deixava enfrenar e montar em pelo.O frio era intenso; As pequenas sangas tinham uma camada de gelo por cima e os poços a gente tinha que quebrar o gelo com a batida do balde. Hoje, no conforto da cidade, relembro essas cenas e sei o quanto a geada era benéfica para todos. Matava as pragas, fazia renascer o pasto novo na primavera e  aquecia a alma ao mesmo tempo que gelava o corpo.Abraço do Eliseu