segunda-feira, 22 de abril de 2013

GREVES E GREVES - A TORTURA DOS AEROPORTOS

Leio que até na Alemanha começou a dança das greves. Voos ao Brasil cancelados.
Isso me faz lembrar uma das mais medonhas viagens que fiz, conquanto o destino final fosse paradisíaco.
As nuvens negras começaram no aeroporto do Rio de Janeiro, quando se noticiou a greve da Alitalia. Na hora pensei em desistir e voltar ao útero quentinho de minha casa .
Seis horas de espera até que o avião tomou o rumo de Roma.  Foi aí que caímos no alçapão. O Aeroporto Fiumicino tem bancos de espera  com assento roliço, para que você não possa se deitar nele. Um pedaço de pão com uma lâmina de queijo dentro  valia o preço de um jantar no Maxims . Meu destino era Atenas.
Pensei, vou apear aqui , alugar uma Lambretta e tomar vinho.
Mas não, decidi esperar. Doze horas de chá de banco.
Saiu o avião para Atenas onde cheguei 3 da manhã de lá. Liguei para o hotel e um sonolento atendente, que quase não falava inglês, me disse que minha reserva tinha caído.
Mesmo assim tomei um taxi e fui para lá.
Esperei chegar 8 horas, cochilando sentado numa poltrona.
Depois fui solucionando os problemas, dei uma volteada pelos belos mares azúis helenos e.... chegou a hora de voltar.
Atirei tudo para cima e voltei numa companhia norte-americana.
Não suportaria com vida outro périplo, para não dizer outra via crucis. Hehehe, da viagem o que mais me lembro não foram as estonteantes ilhas gregas, mas o sofrimento.
Resumo: oh tempora, oh mores! Até tu Alemanha, ops, até tu Lufthansa?