terça-feira, 12 de março de 2013

AS PENAS - UM SHOW DE COMENTÁRIO DO HERMES DUTRA


Vou meter o bedelho nessa discussão. Em primeiro lugar já vou dizendo que não entendo absolutamente nada em termos de teoria do que é  tratado( e tenho profundo respeito pelos que estudam o assunto e a isso se dedicam).

Mas tenho o lado prático. E esse é um dado importante e que muitas vezes, por não ser levado em conta, acabam aparecendo soluções desastradas que, ao invés de resolver um problema, terminam por aumentá-lo e sempre custando mais caro para a sociedade.

Em primeiro lugar acho que o assunto deveria ser tratado como deveria: O cidadão que não comete crimes, deve ter resguardada, em todos os sentidos, sua dignidade, sua segurança (contra os que cometem crimes) e de sua familia, seu sustento e sua opção para a liberdade.

Ao contrário daquele que comete crimes. A esses, na minha opinião, o estado deveria lhe garantir um único direito, num primeiro momento: O direito à sua dignidade como ser humano. Ele deve ter a garantia de que não será violentado na prisão, que não será maltratado e que o estado garantirá também sua segurança e manutenção (dentro do estabelecimento penal).

E só. O restante deve conquistar ao longo do cumprimento de sua pena, seja ela em um presidio administrado pelo estado ou pela iniciativa privada (tanto faz, se for garantido o que se defende aqui).  

E  não se pense que não sou a favor de outros direitos para os presos. Sou. Só acho que eles devem ser conquistados, para mostrar que aos poucos ele realmente está sendo alvo de uma reeducação interna, já que faltou para com a sociedade e deve pagar por isso.

Assim, somente deveria receber visita, depois de um certo período, se tivesse bom comportamente.

Visita intima, no minimo 1 ano ou 2 para conquistar.

Trabalho obrigatório, com o fruto do mesmo dividido, um pouco para sua familia e outro tanto guardado para que, quando sair da prisão, tenha alguma coisa para que possa recomeçar sua vida.

Aliás, aqui outro problema: Os presidiários, quando saem da prisão, em quase sua totalidade são discriminados ( e isso não é culpa dele, mas nossa, da sociedade). Ele tem que ter alguma opção para quando sair da prisão.

E durante o período em que ficar preso, não deve ter nenhum momento de ociosidade. Estudo obrigatório (para os que necessitarem)  e estabelecimento de uma politica de compensação: Bom comportamento, trabalho bem feito, etc... devem siginificar redução de pena e outras conquistas.

O preso deveria ser responsável pelo seu ambiente: Se não cuidou ou depredou, que arque com as consequências. Acho que todos os presidios deveriam ter um ouvidor ( não do quadro funcional do órgão que administra presidios) para que pudesse, ao menos uma vez por semestre, ouvi-los.

Que me perdoem os advogados ( tenho um filho que é um, e dos bons!!!!!!!!), mas acho que toda  a conversa entre advogado e cliente nos presidios deveria ser gravado para, em caso de necessidade, mediante ordem judicial, servir como prova de cometimento de delito. Sei que isso é polêmico, mas se assim não for, sempre haverá a possibilidade de comunicação para fora do presidio (como aliás a imprensa tem até noticiado ultimamente).

Por fim, acho que a prisão ainda deve ser o local para onde devem ser mandados aqueles que cometem crimes (até descobrirem algo melhor), principalmente para os que representam perigo contra a integridade física de terceiros. Para outros, acho que as penas alternativas são boas. Deveriam ser aumentadas e sobretudo acho que deveriam haver mais penas pecuniárias e particularmente (desculpem a ignorância de novo) numa negociaçãol inicial com o ministério publico, onde a confissão do delito evitaria mais custos com processos, apelações, etc;...etc... (seria uma justiça de resultados??????).

 

Por final, acho que o inquérito policial deveria ser extinto e um juiz deveria acompanhar de perto a instrução do feito.

 

abrs

 

 

hermes dutra

 
PS: Aceito contestação sobre tudo o que disse, menos que se defenda o atual sistema que tem mostrado ser uma podridão, em todos os sentidos