quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

E EU PENSAVA QUE ISSO NÃO EXISTISSE MAIS

Permitam meus amigos que eu seja bem emotivo. Quem não se emociona com um renascer, com o revigorar da esperança?
Por favor, se na tua cidade ou na tua praia não está ocorrendo isso, tenho pena, sinto muito, é triste, mas deixem-me contar o turbilhão de emoções que se apossam de mim, que achava que o mundo não tinha, ops, que o Brasil não tinha jeito.
No lugar onde estou morando há 60 dias só se ouve o  bramir do mar e o trinado dos passarinhos. No lugar de que estou falando passam senhores e senhoras de idade com cachorrinhos, me cumprimentam, conversam um pouco e seguem; no lugar onde estou há um enxame de bebês sendo levados pelos seus orgulhosos e super jovens pais em bicicletas; nesse lugar  a gurizada de 12/.13 anos joga taco. Nas alamedas de Xangri La há uma aglomeração de bicicletas pilotadas por guriazinhas e guris.  No supermercado Avenida, que abre 7,30 da manhã, já se formou uma confraria de caras como eu que vão comprar uma tonelada de pãezinhos quentes para a turma de casa. Tudo homem que depois compra carne e bate uma charla na fila.
Rudolf está com hóspedes de Santiago, gurizada respeitosa e correta. No meio da tarde se vão para o campo de futebol na frente da Colônia de Férias da CEEE e só voltam noite escura, canelas lanhadas, contando  maravilhas das guriazinhas de todo o Estado que conheceram.
No  lugar onde estou morando há 60 dias todo mundo tem uma história linda de amor para me contar.
No meu desvario de trabalho esfuziante tinha me esquecido da arte de parar e conversar com as pessoas, saber de suas vidas, de suas leituras.
O otimismo é a tônica.
Mas, cada um no seu quadradinho.
Isso que é o máximo. A conversa rola na calçada, na praia, no super.
Minha casa é meu castelo....
Soy feliz, soy un hombre feliz y por eso quiero que me perdonen
( dedico essa crônica à gente bonita que me cerca aqui na praia)