Lembro-me
das histórias que escutávamos atentamente a noite, deitados naqueles colchões
de palha de milho, não tínhamos energia elétrica, apenas a luz de velas ou
lampiões a querosene.
Que tempo
bonito, faltava quase tudo, não faltava alegria, como éramos felizes.
Algum tempo
depois uma amigo do meu pai nos emprestou um pequeno rádio de pilhas, que
escutávamos através das ondas curtas, os programas da época, as novelas que nos
remetia a imaginação das cenas retratadas, quantas lembranças, deve ser por isso
que mesmo diante de tantas tecnologias modernas, não vivo sem rádio.
O tempo fez
nos esquecer da importância de registrar a história das nossa herança genética,
de onde migraram, em que condições viveram, e hoje nossos descendentes sequer
conhecem a história dos pais que dirá dos avós.
Por esta
razão eu acho oportuno mapear este legado dos antepassados, guardar
informações, objetos, fotos, e redigir fatos que possam se perder na memória e
no tempo.
Sempre tive
interesse no acesso a história de Santa Cruz, embora não tenha uma raça bem
definida, sou uma mistura do tipo cachorro vira lata de rua, meus avós paternos
( avó nascida na Suécia e o avô descendente de Portugueses ); materna ( avó
descendente de Espanhóis e o avô de Alemães). Só podia dar no que deu
,,,, hehehe !!!
Achava
graça quando me perguntavam : tu és de origem ?? ou pelo duro ??
Hoje já não
se utiliza estes termos, mas no passado, esta pergunta se traduzida seria mais
ou menos o seguinte: tu és de raça ou não ??
Sempre
respondi que era de origem ,,,,, indefinida ,,,,, é claro ,,,,,
hehehe !!!
Nasci com
os olhos azuis o que que eu posso fazer, também tirava sarro de todo
mundo, quando perguntavam alguma opinião sobre qualquer assunto de trabalho,
sempre iniciava a resposta dizendo "nós os alemães" costumamos
buscar a perfeição em tudo, somos detalhistas ,,,e a turma
descontaria.
Exitem poucas
obras publicadas com maior abrangência, uma publicação de doutorado do prof
.Jorge Cunha - Unisc publicado somente em língua alemã, considerado o mais
completo, confesso que não li por que faltei algumas aulas de alemão, preferi
jogar bola no campinho; algumas fontes de pesquisas universitárias
permitem resgatar alguns fragmentos da história, como a economia do
município com dados sobre as famílias, lembro-me de ter lido um trabalho de
mestrado em história ou economia se não me engano UFRGS que falava sobre a
burguesia de Santa Cruz, neste trabalho consta dados importantes sobre a origem
das principais empresas, industrias e comércio, e famílias que forjaram o
desenvolvimento local, vale a pena ler, vou tentar resgatar pelo google.
Existe
também um farto material micro filmado na Unisc , prof. Olgário Vogt, com todos
os registros de nascimento e óbitos do município eram obrigatoriamente
realizado pelas igrejas, no tempo da monarquia ( imigrações ) e mesmo depois na
república, onde existe como rastrear sobrenomes, ancestrais, origens, etc.etc.
Enfim,
parabenizá-los pelas narrativas !!
Abraços.
Élvio LOUREIRO.
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Oi, mano, adorei!
Meu vovô Rudof me
levava naquele lindo cadilac para as reuniões
no banco ( ele foi um dos fundadores do banco
que hj seria o UNIBANCO,
tenho um livro do centenário deste banco em que
aparece o vovô com o
tio Nikolau Kliemann e outros fundadores...) Eu
me sentia muito importan-
te, protegida. Nunca vou esquecer quando aquele
acidente terrível tirou
meu ídolo.
Lia Gessinger Paul