O artigo do meu amigo o Juiz Pozza em ZH de ontem fez furor.
Mas eu estou fora dessa, já saí há muito tempo, não sei da real situação.
Mas, caro leitor, cara amiga, senta aí e acompanhe meu raciocínio.
Imaginemo-nos numa cidade qualquer.
Seus habitantes, em sua maioria, homens e mulheres, acordam e, ao invés de tomarem café, abrem uma cerveja. Os adolescentes já acendem um baseado.
O desjejum continua com carne clandestina e biscoitos pilhados de um caminhão que tombou na rodovia.
Atiram o lixo sem maior cerimônia no riozinho que atravessa a cidade. Quase não tomam banho e a maioria da população compartilha seringas .
Imediatamente surgem pessoas, aos magotes, doentes do fígado, dos rins, etc e acorrem ao Hospital, o único da cidade. Como os pacientes são em número absurdamente excessivo para uma cidade normal, pois foi dimensionado na suposição de que a população vivesse com hábitos sadios, gera-se uma grita geral.A solução mais simples é urrar em praça pública, querendo mais médicos. Vêm mais vinte. Não dão conta. Vêm mais 100, nada. Vêm mais mil médicos para essa cidadde de 20 mil habitantes. Nada melhora.
E as comadres e os compadres dizendo:
- esses médicos são uns incompetentes.
Gente.
Como é que nos anos 70 cidades que hoje continuam com o mesmo número de habitantes multiplicaram seus processos no Forum por mil?
Amigo: a cada dia que passa as pessoas , mesmo as comuns, não cumprem normalmente as regras sociais. Tendem a não pagar suas contas em dia; se endividavam à toa.
O que falta a todos nós é, no cotidiano, seguir as normas do bom senso, é cumprir as leis normalmente, sem coerção, espontaneamente.
Mas tomba um caminhão de carga e os automobilistas de ambos os lados da rodovia SAQUEIAM A CARGA. NÃO É O POBRERIO, NÃO É O VILEIRO, É A NOSSA CLASSE MÉDIA.
Nos falta muita educação! Eu não falei ensino. Ensino a escola dá, às vezes até meia boca.. Educação é em casa . Educação pai e mãe tem que dar e exigir.
Falta de educação é o flagelo deste país.
Vá ao Uruguay e se pare na frente de uma escola qualquer.
Compare com o que acontece em sua cidade.
Almoce num lar argentino e veja como os filhos tratam pais e avós.
E tire suas conclusões.