Há pouco
visitei teu blog. Os textos, nele postados, reportaram-me para
um pensamento de Einstein sobre educação:
“Não basta
ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável,
mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um
senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do
que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus
conhecimentos, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente
desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas
quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar em relação a
seu próximo e à comunidade.” (EINSTEIN, Albert – Como vejo o mundo)
Einstein
há muito já alertou para a essencialidade da formação humanista na vida
do ser humano, para a importância de se promover uma educação que lhe
possibilite compreender sua própria existência; que lhe permite entender o
outro e a comunidade em que vive, para que possa desenvolver uma consciência
cidadã comprometida com o bem estar coletivo permeado pela consideração para
com a vida.
Em
que medida a educação em nosso país está comprometida com uma
formação humanista? Em que medida une formação profissional e técnica com o
aperfeiçoamento do ser humano enquanto um ser dotado de princípios
morais, de ética, de valores fundamentais para a vida em coletividade? Não
estará a educação em nosso país excessivamente voltada para formar
“pilotos de dígitos e de botões”? Cães ensinados (quando
ensinados) conforme alerta de Einstein?