domingo, 18 de novembro de 2012

SEGUE A BAGUNÇA COM SOM ALTO

São 20 horas. Desde 16 hs  sou obrigado a ouvir o que não quero.
Olhem o que diz minha vizinha a Psiquiatra Lais Legg


Ruy, eu estou ainda mais próxima do barulho que tu. Moro uma rua abaixo da tua, lembras? E estou no meu terraço, tentando trabalhar, mas é impossível concentrar-se. E digo que a tal “passagem de som”  é infinitamente melhor que o som propriamente dito, ou seja, o show. Não sou contra a música, muito pelo contrário, eu adoro. Mas tudo tem limite! Mas o pior ainda está por vir, que são as festas de fim de ano do Palácio Piratini, estas, sim, ensurdecedoras e bem à minha frente, acrescidas das festas do Paula Soares. Imagina como se sentem as pessoas doentes que moram por perto.

 

Aliás, vocês já repararam nas festas de agora? Impossível conversar, pois o som é colocado lá nas alturas. E tudo é tão padronizado... todas as festas são iguais. Quem vai a uma, vai a todas, não há mais diferença. E a coisa vai desde as crianças, adolescentes, adultos jovens em suas formaturas e noivos. Tudo tem que ter “promoter”, ensaios, coreografia, etc. A espontaneidade se foi pelo ralo. As crianças são guiadas por recreacionistas, os temas são os super-heróis americanos ou os bruxos ingleses, nenhuma delas brinca daquilo que gostaria. Só do que está no roteiro. A felicidade, agora, tem maestro e cardápio. Os noivos? Têm que saber dançar rumba, salsa, tango, samba, chorinho, jazz e outros quetais, num show apoteótico, senão, ficarão de fora da modernidade. A globalização é total. Provavelmente, na lua-de-mel, caem exaustos, um para cada lado.
 
 
 
Que pena.

 

Abraços,

 

Laís Legg